12 de jul de 2024 às 00:15
Santa Verônica foi a mulher que teve um gesto misericordioso com Cristo durante seu caminho ao Monte Calvário ao enxugar seu rosto cheio de sangue e suor com um véu que passou à história como relíquia por levar impresso a face do Messias.
Este véu, lenço ou pano é conhecido como “Santa Face” ou “Véu de Verônica” e é uma das relíquias mais importantes do cristianismo, pois é considerado como uma verdadeira imagem de Cristo.
O nome Verônica apareceu pela primeira vez no documento apócrifo “As Atas de Pilatos” e procede do latin vera icon (o verdadeiro ícone), sendo a imagem ou relíquia deste tipo mais antiga e conhecida. Outra relíquia importante similar a esta é o Santo Sudário de Turim.
“Verônica” também poderia ser uma variação do nome macedônio Berenice, que data do século IV e que quer dizer “a que leva à vitória”. Este último nome está vinculado ao da mulher que sofria uma hemorragia dos evangelhos sinóticos que foi curada milagrosamente por Jesus.
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Segundo a tradição, santa Verônica foi uma mulher piedosa que viveu em Jerusalém e que após a Paixão do Senhor se dirigiu para Roma levando consigo o véu, que posteriormente foi exposto para a veneração pública. Seu ato exemplar é recordado atualmente na sexta estação da Via Sacra.
Uma das várias tradições explica que santa Verônica chegou à Itália diante do imperador romano Tibério e o curou após fazê-lo tocar esta sagrada imagem. A partir disso, permaneceu a capital do império na mesma época que os apóstolos são Pedro e são Paulo. Ao morrer, deixou a imagem para o papa Clemente I.
Por ocasião do primeiro ano santo da história, em 1300, o Véu de Verônica se converteu em uma das “Mirabilia urbis” (maravilhas da cidade de Roma) para os peregrinos que visitaram a Basílica de São Pedro no Vaticano.
Os rastros do Véu de Verônica se perderam nos anos sucessivos ao Ano Santo 1600, até que foi encontrado na Igreja da Santa Face de Manopello. Bento XVI foi o primeiro papa visitá-lo em setembro de 2016.