A plataforma de vídeos YouTube anunciou que removerá conteúdo vinculado a "instruções sobre métodos inseguros de aborto" e que divulguem "falsas alegações sobre a segurança do aborto".

Por meio da conta do Twitter @YouTubeInsider, uma conta oficial do YouTube para informações à imprensa, a plataforma anunciou em 21 de julho que a medida seria implementada a partir daquele dia “e de forma progressiva nas próximas semanas”.

 

O YouTube, adquirido pelo Google por mais de 1,6 bilhão de dólares em 2006, anunciou que decidirá quais vídeos remover com base em "orientações publicadas pelas autoridades de saúde".

"Priorizamos conectar as pessoas com conteúdo de fontes autorizadas sobre temas de saúde e revisamos continuamente nossas políticas e produtos à medida que os eventos do mundo real se desenrolam", acrescentou.

Um expurgo contra os pró-vida?

Para Sara Larín, fundadora e presidente da plataforma VIDA SV em El Salvador, a decisão do YouTube “é uma morte anunciada para todo conteúdo que tenta alertar sobre os riscos físicos e psicológicos do aborto”.

"Será um expurgo total da posição pró-vida e de um trabalho minucioso de tornar invisível o nascituro", alertou. “Quais critérios o YouTube usará para essa limpeza de conteúdo? O da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Planned Parenthood?”

Larín disse que “esta decisão do YouTube tem a ver com a decisão que reverteu Roe x Wade”, decisão que por quase meio século manteve o suposto “direito” ao aborto nos Estados Unidos, e que foi anulada em 24 de junho deste ano pela Suprema Corte.

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“O aborto não é mais considerado um direito constitucional nos Estados Unidos, o que causou uma série de restrições estatais e os abortistas estão implementando suas estratégias de vendas”, disse.

Entre essas estratégias dos promotores do aborto legal, acrescentou, “estão a censura de todas as informações que impeçam uma jovem de abortar, bem como a consolidação do monopólio do negócio das pseudo-clínicas autorizadas a abortar”.

“O aborto não pode ser um procedimento seguro”

Marcial Padilla, diretor da ConParticipación no México, destacou as oportunidades nesta decisão, pois é "muito interessante que uma plataforma como o YouTube, uma mídia liberal, uma mídia progressista, tenha que reconhecer que não pode divulgar informações sobre o aborto apresentando-o como se fosse seguro”.

"O YouTube está assim demonstrando que o aborto não pode ser um procedimento seguro, em primeiro lugar porque tira a vida de uma criança antes de nascer e, além disso, porque coloca em risco a vida da mãe".

“Esperamos que, assim como o YouTube foi forçado a reconhecer pela ciência médica os perigos de cometer um aborto, outras empresas também façam o mesmo", disse Padilla.

O diretor de ConParticipatión incentivou as plataformas digitais a deixarem de "espalhar falsidades e mentiras sobre o aborto, apresentando-o como se fosse um procedimento médico, quando na realidade está tirando a vida da criança, além de expor a vida da pessoa que o comete, da mãe”.

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