“Desejo saudar com satisfação a partida dos primeiros navios cheios de cereais dos portos da Ucrânia. Este passo demonstra que é possível dialogar e alcançar resultados concretos, que beneficiam todos”, disse o papa Francisco ontem (7), após a oração do Ângelus.

"Portanto, este evento constitui também um sinal de esperança, e desejo de coração que, seguindo este caminho, se possa pôr fim aos combates e chegar a uma paz justa e duradoura", acrescentou ele.

Em 22 de julho, com a mediação da ONU e da Turquia, Ucrânia e Rússia assinaram um acordo que permite a Kiev retomar a exportação de grãos para o mercado internacional. Os dois países são os principais fornecedores de trigo do mundo.

A Rússia, além das exportações de grãos, poderá enviar fertilizantes, cujos preços estão em alta em todo o mundo desde a pandemia de covid-19, que se agravou com o início da guerra.

Saída de navios com grãos da Ucrânia para exportação é sinal de esperança, diz o papa

“O navio que sai de Odessa hoje deve ser o primeiro de muitos navios mercantes que trazem alívio aos mercados globais de alimentos e esperança para milhões de pessoas em todo o mundo que dependem do bom funcionamento dos portos ucranianos para alimentar suas famílias”, disse António Guterres, secretário-geral da ONU, em 1º de agosto.

 

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Em junho de 2022, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, disse que a Ucrânia pode exportar cerca de 10 milhões de toneladas de grãos por mês dos portos de Odessa, uma cidade portuária ucraniana às margens do Mar Negro e que há atualmente "22 a 25 milhões de toneladas de grãos" em seus portos.

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