KIEV, 8 de ago de 2022 às 16:18
O bispo de Orihuela-Alicante, Espanha, dom José Ignacio Munilla, denuncia que o presidente da Ucrânia Volodimir Zelenski está considerando dar cobertura legal a uniões entre pessoas do mesmo sexo em troca de ajuda para a guerra travada em seu território após a invasão russa.
Dom Munilla publicou ontem (7) tuitou: "De quando a Nova Ordem Mundial exige que você renuncie a seus princípios em troca de sua ajuda econômica e militar ". O bispo também tuitou imagem da notícia na qual se informa sobre a decisão de estudar a legalização das uniões homossexuais na Ucrânia.
De cuando el Nuevo Orden Mundial te exige renunciar a tus principios a cambio de su ayuda económica y militar… #NoALaGuerra pic.twitter.com/eurY8XQ8dN
— Jose Ignacio Munilla (@ObispoMunilla) August 7, 2022
Um abaixo-assinado com 28 mil pessoas assinaturas entregue no ano passado pediu a legalização.
“O artigo 116 da Constituição ucraniana prescreve ao governo a garantia dos direitos e as liberdades humanas e civis. Portanto, pedi ao primeiro-ministro ucraniano que estude a questão delineada na petição e que informe sobre os resultados”, disse Zelensky.
O presidente ucraniano também disse que “uma família é composta por pessoas que vivem juntas, compartilham uma vida e têm direitos e obrigações mútuas. Segundo a Constituição ucraniana, o casamento é baseado no consentimento voluntário de uma mulher e um homem”.
Em março passado, a União Europeia anunciou o início do processo de admissão da Ucrânia após a invasão russa no final de fevereiro. Durante anos, a organização continental pressionou alguns de seus membros, como Polônia, Hungria ou Romênia, a equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo ao casamento.
Desde 2018, uma sentença do Tribunal de Justiça da UE alega que o termo cônjuge usado na diretiva sobre livre circulação também é aplicável a uniões do mesmo sexo com reconhecimento legal.
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Uma resolução do Parlamento Europeu, aprovada em 2021, exorta a Comissão Europeia a obrigar os diferentes países a reconhecer os contratos civis que equiparam o casamento a uniões homoafetivas de países terceiros, bem como os processos de adoção.
A doutrina católica sobre homossexualidade está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica:
2.357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados». São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.
2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.
2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
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— ACI Digital (@acidigital) August 8, 2022