O governo brasileiro repudiou o fechamento de sete emissoras de rádio católicas na Nicarágua, no dia 1º de agosto. “O Governo brasileiro repudia o uso abusivo de violência policial contra líderes religiosos e fiéis no episódio e conclama as autoridades nicaraguenses a restaurarem sem demora o funcionamento das respectivas emissoras e o pleno exercício da liberdade religiosa da paróquia local”, diz nota do ministério das Relações Exteriores divulgada na terça-feira (9).

Segundo a nota, “a medida constitui mais um severo golpe ao espaço cívico na Nicarágua e viola o direito à liberdade de religião ou crença, assim como à liberdade de opinião e de expressão”.

“À luz do artigo 18 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, ratificado pela Nicarágua, o direito à liberdade de religião implica a liberdade de toda pessoa de "professar sua religião ou crença, individual ou coletivamente, tanto pública como privadamente, por meio do culto, da celebração de ritos, de práticas e do ensino", ressalta a nota do governo.

O Ministério das Relações Exteriores ainda enfatizou que “o Governo brasileiro defende o direito à liberdade de toda pessoa de escolher e praticar livremente sua religião”.

Dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa, Nicarágua, fez uma denúncia no início de agosto sobre o fechamento de emissoras de sua diocese por supostas irregularidades que Daniel Ortega havia alegado existir.

“Demos testemunho de que em 7 de julho de 2016, fui pessoalmente a uma reunião com o ex-diretor da Telcor (órgão oficial que regula as telecomunicações) com todos os documentos de nossas rádios para pedir que nos colocassem na lei, segundo às ordens atuais da Telcor, e nunca recebemos respostas como já é costume do Governo neste e em muitos outros casos”, ressaltou o bispo.

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O bispo de Matagalpa relatou na última sexta-feira (5) que está confinado em sua cúria por forças policiais.

 

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