3 de set de 2024 às 00:01
“Onde existe o amor se realizam coisas grandes”. Assim costumava dizer o primeiro monge a ser papa, são Gregório Magno, que em sua passagem pela cátedra de Pedro deixou grandes marcas na história da Igreja, como por exemplo, a instituição da observância do celibato, a introdução do Pai-Nosso na missa e o canto gregoriano.
Mais tarde, tornou-se doutor da Igreja e hoje, 3 de setembro, é celebrada sua memória litúrgica.
Gregório nasceu em Roma, no ano 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, da qual saíram dois papas: Félix III (483-492), seu tataravô Agapito (535-536).
Ainda jovem ingressou na carreira administrativa, sendo prefeito de Roma. Mas, logo deixou essa carreira para se dedicar à vida monástica, ingressando no mosteiro de Santo André. Tempos depois, declarou que seus anos no mosteiro foram os melhores de sua vida.
Mais adiante, foi nomeado diácono pelo papa Pelágio e enviado a Constantinopla como núncio apostólico. Algum tempo depois, foi chamado a Roma para ser secretário do pontífice, onde viveu anos difíceis com desastres naturais, carestias e a peste que atingiu o papa Pelágio II.
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O clero, o povo e o senado o elegeram papa e preocupou-se com a conversão dos novos povoados e da nova organização civil da Europa. Queria estabelecer relações de fraternidade com todos para anunciar a palavra da salvação.
De todo seu trabalho religioso no Ocidente, a conversão da Inglaterra e o êxito que coroou seus esforços encaminhados para esta direção foi, para ele, o maior triunfo de sua vida.
São atribuídos a este santo a compilação do Antiphonario, a revisão e reestruturação do sistema de música sacra, a fundação da famosa Schola Cantorum de Roma e a composição de vários hinos muito conhecidos.
Mas sua verdadeira obra se projeta em outras direções. É venerado como o quarto Doutor da Igreja, por ter dado uma clara expressão a certas doutrinas religiosas que ainda não tinham sido bem definidas e, possivelmente, seu maior trabalho foi o fortalecimento da Sé Romana.
O papa Bento XVI, referindo-se a são Gregório Magno em sua audiência geral de 28 de maio de 2008, observou que, embora o desejo de são Gregório tivesse sido o de “viver como um monge em permanente conversa com a Palavra de Deus, por amor seu se fez servidor de todos em um tempo cheio de tribulações e sofrimentos: servo dos servos. Por isso foi ‘Grande’ e nos ensina qual é a medida da verdadeira grandeza”.