“Não vamos nos acomodar com o silêncio, sobrevivência e negociações", diz o tuíte de domingo (4) do padre Uriel Vallejos, que conseguiu escapar da perseguição à Igreja  pelo regime de Daniel Ortega, ex-guerrilheiro de esquerda que soma 29 anos no poder da Nicarágua.

“É hora de mostrar de que lado estamos, do lado da verdade ou do conforto”.

"A liberdade e a vida não devem ser negociadas", destacou Vallejos.

Padre Uriel Vallejos foi diretor-geral do canal e da Rádio Católica de Sébaco, fechados pelo governo em 1º de agosto. Depois do fechamento da rádio, o padre ficou preso na paróquia Divina Misericórdia de Sébaco até 4 de agosto.

Uma fonte da Igreja na Nicarágua, que prefere permanecer anônima por razões de segurança, disse à EWTN Notícias que o padre conseguiu deixar o país.

 

“O padre Uriel está fora do país. Os trabalhadores da mídia não estão mais trabalhando. A ordem era prender o padre Uriel. Ele teve que sair por pontos cegos”, disse a fonte.

“Até breve meu belo país de lagos e vulcões. Espero com esperança que não deixemos dom Rolando Álvarez sozinho, nosso bispo que se sacrificou por nosso país”, escreveu padre Uriel no tuíte.

“É o momento da unidade. As pessoas não são negociadas porque não são coisas”.

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“Esperamos a pronta libertação do meu bispo, dos sacerdotes, seminaristas e leigos”, disse o padre.

O padre Oscar Benavidez, da diocese de Siuna, o padre Ramiro Tijerino, o padre José Luis Diaz, o padre Sadiel Eugarrios e o padre Raúl González estão na prisão de El Chipote, em Manágua, famosa como centro de tortura dos adversários do regime sandinista no poder na Nicarágua.

Também os seminaristas Darvin Leyva e Melquín Sequeira, e o cinegrafista Sergio Cárdenas, da diocese de Matagalpa, estão em El Chipote.

Com exceção de padre Benavidez, todos os outros foram presos na madrugada de sexta-feira, 19 de agosto, na cúria episcopal de Matagalpa, quando a polícia prendeu dom Rolando Álvarez, agora em prisão domiciliar em Manágua.

Para concluir sua mensagem de domingo (4), padre Uriel escreveu: “Bênçãos a todos até o retorno às terras de libertação. Viva a Nicarágua livre!”

Nickolas García, jornalista da EWTN Noticias, contribuiu para este artigo.

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