O prelado da Opus Dei, monsenhor Fernando Ocáriz, pediu aos membros da instituição católica que rezem pelo processo de reforma, ordenado pelo papa Francisco e que entrou em vigor no dia 4 de agosto.

“Continuem rezando pelo trabalho que o papa nos encomendou para adequar os Estatutos da Obra ao indicado no motu proprio Ad charisma tuendum”, disse Ocáriz numa mensagem publicada em 10 de setembro.

A Opus Dei é uma prelazia pessoal, a única da Igreja Católica. Foi fundada na Espanha por são Josemaria Escrivá de Balaguer em 1928 e está presente em 68 países.

Opus Dei significa “Obra de Deus” em latim, razão pela qual seus membros se referem familiarmente a ela como "A Obra". Seu acento ou carisma especial é a santificação através do trabalho diário.

“Já iniciamos – no Conselho Geral e Assessoria Central – os estudos oportunos para realizá-lo”, disse.

“Durante os dias que passei na Terra Santa, tive vocês especialmente presentes na minha oração, sabendo-me ao mesmo tempo acompanhado pelas suas orações”, escreveu monsenhor Ocáriz.

Em 22 de julho, a Santa Sé publicou a carta apostólica em forma de motu proprio Ad charisma tuendum (Para proteger o carisma), com a qual o papa Francisco ordenou uma reforma da Opus Dei.

De agora em diante, o dirigente da Opus Dei não será mais bispo. A instituição deve adaptar seus estatutos e apresentá-los á aprovação do papa. Precisará também apresentar um relatório anual, e não mais a cada cinco anos, e não responderá mais ao Dicastério para os Bispos, mas ao Dicastério para o Clero.

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A Opus Dei diz que o fato de o prelado não ser mais bispo "é uma iniciativa e decisão da Santa Sé, no contexto de uma reestruturação do governo da Cúria, para reforçar, como diz o motu proprio, a dimensão carismática”.

O atual prelado, monsenhor Fernando Ocáriz, tem 77 anos, não é bispo e, por força do documento pontifício, não mais será consagrado como tal.

Em uma seção de perguntas e respostas do site da Opus Dei na Espanha, diz-se que isso não "introduz diretamente mudanças no regime da prelazia, nem nas relações das autoridades da Prelazia com os bispos".

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