17 de set de 2024 às 00:01
“Considera bem para ti o que te leva a teu fim e autêntico mal o que te impede alcançá-lo”, escreveu certa vez são Roberto Belarmino, defensor da Igreja ante a reforma protestante, cuja festa é celebrada hoje (17).
Roberto significa “o que brilha por sua boa fama” e se há algo a ressaltar deste Doutor da Igreja, nascido na Toscana em 1542, é que, desde que estava no colégio dos jesuítas, destacou-se por sua inteligência.
Do mesmo modo, o ensinamento de sua mãe na humildade e simplicidade repercutiram muito em sua personalidade. Ingressou na Ordem dos jesuítas e teve como formador são Francisco de Borja. Foi ordenado sacerdote e continuou conquistando conversões de muitos com suas pregações e ensinamentos.
A pedido do papa, preparou em Roma os sacerdotes para que soubessem enfrentar os inimigos da religião. Em seguida, publicou seu livro chamado “Controvérsias”, que chegou a ser de importante leitura até para são Francisco de Sales.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O papa o nomeou bispo e mandou-lhe aceitar o cardinalato sob pena de pecado mortal. Isso porque são Belarmino tinha se tornado jesuíta justamente porque sabia que eles tinham um regulamento que os proibia de aceitar títulos elevados na Igreja.
Durante sua vida, exerceu cargos de diplomacia. Dirigiu uma edição revisada da Bíblia Vulgata e escreveu seu “Catecismo resumido” e “Catecismo explicado”, que chegaram a ser traduzidos a vários idiomas e com várias edições. Serviu como diretor espiritual de são Luiz Gonzaga, foi nomeado arcebispo de Capua e quase chegou a ser eleito papa.
Pouco antes de morrer, escreveu em seu testamento que seus pertences fossem repartidos entre os pobres, mas o que deixou só deu para custear os gastos de seu enterro. Retirou-se para o noviciado de Santo André em Roma e ali morreu em 17 de dezembro de 1621.
Em seu livro “De ascencione mentis in Deum” (Elevação da mente a Deus) lê-se que “acontecimentos prósperos ou adversos, riquezas e pobreza, saúde e doença, honras e ultrajes, vida e morte, o sábio não deve buscá-los, nem fugir por si. Mas são bons e desejáveis somente se contribuem à glória de Deus e à tua felicidade eterna, são maus a se evitar se a obstaculizam”.