Vaticano, 18 de set de 2022 às 10:33
Antes de rezar o Ângelus hoje (18) no Vaticano, o papa Francisco fez uma reflexão sobre o evangelho e compartilhou duas lições para superar as dificuldades da vida.
1. Buscar soluções com astúcia e não se fazer de vítima
Em sua meditação sobre o evangelho de são Lucas em que Jesus fala de um administrador desonesto, o papa disse que este homem “rouba e depois, descoberto por seu senhor, age com astúcia para sair dessa situação”.
“Pela história, vemos que este administrador acaba em apuros porque aproveitou dos bens de seu senhor; agora ele terá que prestar contas e perderá seu emprego”, disse.
Mas "ele não desiste, não se resigna ao seu destino e não se faz de vítima; pelo contrário, age imediatamente com astúcia, procura uma solução", continuou o papa Francisco.
O que acontece com o administrador desonesto é que “aqueles que se movem na escuridão, de acordo com certos critérios mundanos, sabem como sair dos problemas, sabem ser mais espertos que os outros; por outro lado, os discípulos de Jesus, isto é, nós, às vezes estamos dormindo, ou somos ingênuos, não sabemos como tomar a iniciativa para buscar sair das dificuldades”.
“Penso, por exemplo, em momentos de crise pessoal, social, mas também eclesial: às vezes nos deixamos vencer pelo desânimo, ou caímos em lamentações e vitimizações”, afirmou o papa Francisco.
“Em vez disso - diz Jesus -, também poderíamos ser sagazes segundo o evangelho, estar acordados e atentos para discernir a realidade, ser criativos para buscar boas soluções, para nós mesmos e para os outros”, destacou.
2. Ser criativo para fazer o bem e não ser egoísta
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Um segundo ensinamento do papa Francisco tem a ver com o destino eterno que se forja todos os dias da vida.
“Para herdar a vida eterna não é necessário acumular os bens deste mundo, mas o que conta é a caridade que teremos vivido em nossas relações fraternas”, disse.
“Eis então o convite de Jesus: não usai os bens deste mundo somente para vós mesmos e vosso egoísmo, mas vos servi deles para gerar amizades, para criar boas relações, para agir em caridade, para promover a fraternidade e para exercer o cuidado com os mais fracos”, disse o papa.
“Também no mundo de hoje existem histórias de corrupção como aquela que o evangelho nos conta; condutas desonestas, políticas iníquas, egoísmos que dominam as escolhas de indivíduos e das instituições, e muitas outras situações obscuras. Mas nós cristãos não podemos desencorajar-nos ou, pior ainda, deixar as coisas passar, permanecer indiferentes”, afirmou.
Pelo contrário, ressaltou o papa Francisco, “somos chamados a ser criativos em fazer o bem, com a prudência e a astúcia do evangelho, usando os bens deste mundo – não apenas os bens materiais, mas todos os dons que recebemos do Senhor – não para nos enriquecer, mas para gerar amor fraterno e amizade social”.
"Isso é muito importante, com nossa atitude geramos amizade social", concluiu.
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