A página oficial do Sínodo dos Bispos no Facebook publicou um desenho que mostra uma mulher vestida de padre e um homem que promove o "orgulho gay".

O desenho foi publicado no sábado (24) e mostra uma igreja com algumas pessoas do lado de fora. Há uma mulher vestindo uma estola e casula de padre, e um homem com uma camiseta com a palavra Pride (Orgulho) característica do lobby LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros).

O desenho contém duas frases em inglês: “Nós somos os jovens do futuro e o futuro é agora” e “Incentivar esta missão florescente que é maior do que qualquer um de nós. Queremos estar em conselhos para tomar decisões”.

O post diz: “Em #Frascati22 nossos especialistas estão trabalhando nas sínteses produzidas durante a fase de consultas local”. Frascati é uma cidade na Itália do one especialistas a serviço do Sínodo da Sinodalidade convocado pelo papa Francisco para outubro de 2023 trabalham com as sínteses recebidas das conferências episcopais nacionais. Essas sínteses foram feitas com base na fase diocesana do sínodo, encerrada em julho. Todas as dioceses do mundo ouviram fiéis católicos leigos, padres ou religiosos nessa fase. Um documento de trabalho será preparado a partir das sínteses nacioanais e servirá para a discussão entre os bispor na fase final do sínodo, no Vaticano.

A CNA, agência em inglês do grupo ACI, apurou que os desenhos publicadosna página do Sínodo dos Bispos tiveram origem no Sínodo da Educação Superior Católica de Filadélfia, nos EUA. O desenho, junto com vários outros, faz parte do relatório desse sínodo. As imagens “refletem e antecedem cada um dos temas organizadores incluídos aqui”, diz o relatório. O documento recomenda que a Igreja “abra as portas para mulheres na liderança e na Ordens Sagradas.”

O Sínodo da Educação Superior Católica de Filadélfia teve a participação de cerca de 400 pessoas de 11 faculdades ou universidades católicas do Estado e três centros católicas de universidades nãp-católicas. O arcebispo de Philadelphia, dom Nelson Perez, participou da última sessão, com cerca de 50 estudantes e mais ou menos o mesmo número de funcionários e administradores das faculdades e universidades.

Os desenhos foram feitos por Becky McIntyre, ex-aluna da Universidade St. Joseph.

Os desenhos de McIntyre geraram muitas críticas de usuários do Facebook. Gregory DiPippo fez um comentário, que tem 71 curtidas até o momento, no qual agradece a página do Sínodo por “expor a infidelidade e imoralidade do processo sinodal para o mundo ver”.

“Vejo que fazem esta publicação no dia de Nossa Senhora das Mercês e Nossa Senhora de Walsingham. Que interessante que sempre escolham as festas marianas para desafiar a Igreja!”, acrescenta DiPippo.

“Uma mulher em trajes clericais e uma camisa do orgulho. Essa deve ser a Igreja Episcopal!”, lamenta Amanda Gandolf, em um comentário que tem 51 curtidas.

A Igreja Episcopal é o ramo americano da Igreja da Inglaterra, que permite a ordenação de “bispas” e sacerdotisas.

 

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Jan Courtney lembra que "a Igreja Católica requer que só os homens sejam sacerdotes" porque "eles não só fazem coisas, mas estão destinados a ser alter Christus (outro Cristo)", especialmente na celebração da missa.

Para Andrew Czarnick, o fato de "eles também colocarem uma marca d'água oficial nesse absurdo herético fala muito".

Michael Baker ironicamente agradece ao Sínodo pela “gentileza em ser tão transparentes”.

Adriana Bee pergunta: “Por que continuam se dizendo católicos?”, enquanto Sean Christopher diz que “isso é absolutamente desagradável”.

Christina M. Sorrentino se pergunta: “Que diabos é isso? Este não é o futuro da Igreja, é totalmente desagradável que venha da conta do Sínodo. Que Deus ajude nossa Igreja”.

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O padre Thomas Kennedy diz que “isso é uma vergonha total e deve ser removido”.

Thierry Bonaventura, porta-voz do Sinodo dos Bispos, disse à CNA ter visto as reações ao post. "Ese é um exemplo das contribuições que recebemos. Não apenas texts mas tambem alguns desenhos. É um exemplo do que a consulta de escuta ao redor do mundo produziu," disse Bonaventura.

Em novembro de 2016, no voo de volta a Roma depois de visitar a Suécia, o papa Francisco disse: “sobre a ordenação de mulheres na Igreja Católica, a última palavra é clara, foi dada por São João Paulo II e permanece”.

Em 1994, São João Paulo II escreveu a carta apostólica Ordinatio Sacerdotalis, sobre a ordenação sacerdotal reservada apenas aos homens. “A ordenação sacerdotal, pela qual se transmite a missão, que Cristo confiou aos seus Apóstolos, de ensinar, santificar e governar os fiéis, foi na Igreja Católica, desde o início e sempre, exclusivamente reservada aos homens”, diz o documento. “Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos, declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja”.

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