Os cristãos da República Islâmica do Irã exigiram "liberdade e igualdade de direitos" como parte dos protestos pelo assassinato de Mahsa Amini, morta pela polícia da moral por não usar corretamente o véu muçulmano.

Mahsa tinha 22 anos, era curda e estava em Teerã de férias com a família. Em 13 de setembro, ao sair do metrô, foi presa. As autoridades iranianas dizem que ela morreu de infarto e não foi maltratada, mas a família de Amini alega que ela nunca teve problemas sérios de saúde.

"Como cidadãos de nosso país, condenamos em uníssono a opressão sistemática das mulheres e a violação generalizada dos direitos humanos no Irã", dizem os cristãos no Irã em comunicado divulgado pela Asia News, agência de notícias católicas para a Ásia.

Os cristãos também exigem que o uso obrigatório do véu muçulmano seja anulado "assim como outras regulamentações discriminatórias".

“Lembramos a todos os nossos compatriotas cristãos que devemos estar juntos com aqueles que não têm voz e com os oprimidos, defendendo seus direitos como a Bíblia ensina e o próprio Jesus Cristo com sua vida”, conclui o comunicado.

 

Depois da morte de Mahsa Amini teve início uma série de manifestações no Irã. Já há dezenas de mortos, vitimas da volenta repressão do governo muçulmano do país.

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Comunidades iranianas no exterior e centenas de pessoas a favor dos direitos humanos também protestaram em países como Turquia, Iraque, Síria, França, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Chile, entre outros.

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