“A percepção da verdade não se limita a uma perspectiva relacionada apenas à nossa vida social, há uma dimensão muito mais profunda. Para nós cristãos, a verdade é uma pessoa. A pessoa de Jesus Cristo, que, como diz são Paulo, une todas as coisas”, disse o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, a jornalistas e membros do canal católico EWTN, ao qual pertence ACI Digital, em um encontro em Roma.

Em seu discurso, o cardeal falou da responsabilidade que os comunicadores de hoje têm, em um mundo onde há uma crescente disseminação de "fake news" e onde "a convicção de que a verdade em que se crê é tão absoluta que legitima a destruição de outra pessoa".

Em seguida, falou sobre madre Angélica, fundadora da EWTN. Ele afirmou estar "muito surpreso e admirado que de uma pequena semente" esse canal católico tenha chegado tão longe.

O cardeal também lembrou as palavras da fundadora, que costumava dizer que "nosso dever é dizer a verdade, e cada pessoa pode assumir ou não esse dever".

“Devemos ter sempre em mente esta afirmação, a verdade não nos pertence. Somos seus guardiões, não seus donos. A verdade está em nós se formos humildes e tivermos a coragem de saber acolhê-la, mesmo que às vezes não se apresente como poderíamos esperar”, disse o cardeal Parolin. “O amor à pessoa de Jesus Cristo, este amor à Igreja, deve se traduzir na sua missão de profissionais da comunicação”.

“Quando madre Angélica fundou a EWTN com tremenda coragem e extraordinária criatividade, ela o fez principalmente para proporcionar um instrumento de bem a serviço da Igreja e do papa. Esta continua sendo a sua maior missão”, disse Parolin.

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Em seguida, o cardeal pediu que "cada um de seus espectadores ou leitores reconheça a EWTN como uma obra de Deus a serviço da verdade, a serviço da comunidade eclesial e a serviço do bem da humanidade".

“Os meios de comunicação, ainda mais se pretendem destacar sua identidade católica, devem se esforçar não para difundir o ódio, mas para promover em uma comunicação não hostil a verdade e os valores que dela derivam”, defendeu.

Por fim, assegurou que "o anúncio da verdade não pode ser separado do exercício da caridade" e incentivou os presentes a defenderem esta verdade "sem medo".

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