WASHINGTON DC, 27 de out de 2022 às 09:28
O presidente americano Joe Biden “está gravemente equivocado ao continuar buscando todas as vias possíveis para facilitar o aborto, em vez de usar seu poder para aumentar o apoio e o cuidado às mães em situações difíceis”, disse o arcebispo de Baltimore, William Lori, chefe do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB).
“Esse extremismo obstinado deve acabar, e imploramos ao presidente Biden que reconheça a humanidade nas crianças não nascidas e o cuidado genuíno e vital que as mulheres neste país precisam”, disse Lori em comunicado divulgado na terça-feira (25).
Biden anunciou na semana passada de que proporá ao Congresso a ser eleito no mês que vem tornar o aborto um direito, se os democratas obtiverem a maioria na câmara e no senado. Em junho a Suprema Corte dos EUA suspendeu a sentença do caso Roe x Wade, em 1973, havia liberado o aborto no país. Desde então, biden prometeu usar todos os recursos do governo para impedir que os Estados ou o congresso federal restrinjam o aborto.
Segundo dom Lori, os pastores “que lidam diariamente com os trágicos impactos do aborto sabem que o aborto é um ato violento que acaba com a vida de crianças não nascidas e fere um número incontável de mulheres”.
A Igreja Católica deseja continuar trabalhando com o "governo e lideranças para proteger o direito à vida de todo ser humano e garantir que mulheres grávidas e mães tenham total apoio no cuidado de seus filhos antes e depois nascimento", disse o comunicado.
Em um comunicado posterior, divulgado ontem (26), a USCCB se dirigiu aos membros do congresso, instando-os a mostrar "solidariedade radical" com as mães, os bebês e as famílias.
“Esperamos que todos nós possamos concordar em ajudar as mulheres grávidas e mães solteiras necessitadas, para que tenham o apoio, o conforto e a esperança que lhes falta para construir suas vidas para melhor”, afirmou o comunicado.
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A carta inclui uma lista de recomendações de políticas que os bispos defendem há anos. Entre elas estão proteções trabalhistas para mulheres grávidas e lactantes, apoio a centros de recursos para gravidez, crédito fiscal para crianças, políticas de licença parental, creche, moradia, saúde materno-infantil, nutrição, apoio à adoção etc.
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