Cidade do México, 28 de out de 2022 às 11:57
O bispo de Cancún-Chetumal, no sudoeste do México, dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, lamentou que o Congresso de Quintana Roo tenha despenalizado o aborto até a 12ª semana de gravidez, após a aprovação de outros dez Estados.
“Reconhecemos a dor e consternação de tantos católicos no estado que choram e deploram as ações dos deputados”, disse dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas em um comunicado.
Na madrugada de quarta-feira (26), os legisladores do principal Estado turístico do México aprovaram, com 19 votos a favor, três contra e quatro abstenções, a reforma do Código Penal para permitir o aborto.
O bispo de Cancún-Chetumal lembrou aos congressistas “que mais de 70% da população de Quintana Roo é pró-vida” e que devem ouvir “o povo de Quintana Roo”.
“Ouçam em primeiro lugar a sua própria consciência. Que a ambição política não vença a consciência”, afirmou.
Segundo o comunicado, a posição da Igreja Católica será sempre "a favor dos direitos universais e fundamentais do ser humano, começando pelo direito mais básico à vida desde a concepção até a morte natural".
Dom Elizondo defendeu o “direito à objeção de consciência que protege os médicos ou pessoas envolvidas”. "Eles não podem ser forçados a cometer um assassinato contra sua consciência", destacou.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Referindo-se ao aspecto político, disse que “os católicos convictos não votam em quem promove o assassinato”.
Enquanto a “autoridade da Igreja não excomunga os promotores do aborto, são eles que rompem sua relação com a comunhão da Igreja e carregam o peso na consciência como cúmplices de assassinatos”, disse.
Ao final de sua mensagem, dom Elizondo assegurou que os católicos “continuam em oração e estão comprometidos com uma batalha que não terminou” e pode ser revertida, “como já aconteceu em outros países”.
"Compreendemos o grande sofrimento dessas mulheres que, por circunstâncias às vezes fora de seu controle, se veem envolvidas nessa situação de gestações complicadas, mas acreditamos que a solução não é o aborto e que todos devemos continuar procurando melhores maneiras de apoiá-las", concluiu.
Confira também:
The Guardian está errado: Assim é um bebê de nove semanas no ventre https://t.co/LBHd6pNmMS
— ACI Digital (@acidigital) October 28, 2022