MADRI, 11 de nov de 2022 às 16:21
Oxana Gareeva denunciou "abuso ideológico" contra seu filho com síndrome do espectro autista em escola pública na Espanha. Aos oito anos, os professores quiseram pintar a unha dele, mas o menino resistiu.
Isso aconteceu no ano passou quando frequentava a escola pública para alunos com necessidades especiais Mestre Gaspar López em Benidorm, Comunidade Valenciana.
"Disseram ao meu filho para pintar as unhas e ele teve que resistir", disse a mãe à associação espanhola Actúa Familia.
Segundo Gareeva, ela recebeu um bilhete da escola contando o que aconteceu. O bilhete dizia que haviam contado a história "Viva as unhas coloridas" de Alicia Acosta e Luis Amavisca.
O conto narra a história de um menino que gosta de pintar as unhas com cores. Um dia, indo para a escola, outras crianças o repreendem que isso é para meninas. Ele se sente triste e seu pai decide pintá-las também.
Quando ela falou com a escola sobre a situação de seu filho autista, responderam-lhe que a escola “tem que respeitar as instruções” que vêm do Ministério da Educação do governo valenciano.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
As instruções são "para pintar as unhas das crianças", diz Oxana Gareeva, que também contou numa reunião digital com a Actúa Familia que no dia 8 de março, Dia da Mulher, obrigaram o menino “a usar fitas lilás na cabeça e lhes deram palestras ideológicas”.
Naquele dia, Oxana tomou uma decisão: "Não levaria meu filho para a escola nos dias que contassem essas coisas".
Assim, para o ano letivo 2022-2023, apresentou o PIN Parental no centro educativo. Trata-se de uma carta informando a escola que os pais devem ser informados com antecedência sobre qualquer atividade controversa que venha a ser feita, para evitar situações como a descrita.
Para a porta-voz de Actúa Familia, Irene Luque, trata-se de "uma atividade ideológica, degradante, de abuso psicológico".
No caso de crianças com autismo, acrescenta, "pode ser especialmente cruel".