20 de nov de 2024 às 01:00
Hoje (20), é comemorado Dia Nacional da Consciência Negra. A seguir, a vida de três santos católicos que dedicaram suas vidas a proteger e a evangelizar os escravos negros na América e na África.
Santa Rosa de Lima
A primeira santa do continente americano, padroeira da América, das Índias e das Filipinas, dedicou especial atenção à evangelização de índios e negros durante sua vida, entre o final do século XVI e o início do século XVII.
Em seu livro Hechos de los Apóstoles de América, publicado pela editora Gratis Date, o padre José María Iraburu recorda que a caridade de santa Rosa de Lima, leiga dominicana, "deu atenção preferencial à evangelização dos índios e negros”.
“E não podendo realizá-lo pessoalmente, contribuiu com suas orações e sacrifícios, além de arrecadar esmolas para que pudessem ser formados seminaristas pobres”, disse.
São Pedro Claver, o "escravo dos escravos"
Nascido em 1580 em Verdú, Espanha, são Pedro Claver, padre jesuíta, viveu a maior parte de sua vida e morreu em Cartagena das Índias, Colômbia, cuidando e evangelizando negros que foram levados para o continente americano como escravos.
Cartagena das Índias foi no século XVII um dos principais portos de entrada de escravos trazidos para os territórios hispânicos.
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O site da Companhia de Jesus, jesuítas, lembra que “com a ajuda de catequistas poliglotas, são Pedro Claver abordou em todos os navios negreiros que entravam no porto”.
Nos navios, com a ajuda de intérpretes, atendia os negros, alimentava, curava e evangelizava.
Ao fazer os votos perpétuos na Companhia de Jesus, são Pedro Claver assinou: Petrus Claver, aethiopum semper servus, que poderia ser traduzido como "Pedro Claver, escravo dos negros para sempre".
Estima-se que ele tenha batizado e evangelizado mais de 300 mil escravos durante as quatro décadas que viveu em Cartagena das Índias.
São Charles de Foucauld
O francês são Charles ou Carlos de Foucauld, canonizado em 15 de maio de 2022, via a escravidão como uma "monstruosidade" e passou seus anos como eremita na África libertando e evangelizando escravos nas mãos dos nômades tuaregues na virada do século XX.
René Bazin, o primeiro biógrafo de Charles de Foucauld, cita-o comprometendo-se a "trabalhar com todas as nossas forças para abolir a escravidão".