O bispo de Limburgo, dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, disse que os participantes do Caminho Sinodal Alemão continuam sendo católicos, “mas queremos sê-lo de outra maneira”.

Bätzing falava aos jornalistas na entrevista coletiva depois da visita ad limina dos bispos alemães ao Vaticano.

O jornalista espanhol Javier Martínez-Brocal perguntou sobre um possível cisma, já que o Caminho Sinodal Alemão já aprovou posições contrárias à doutrina e à disciplina da Igreja como a ordenação de mulheres, o fim do celibato sacerdotal e a mudança da doutrina católica  sobre sexo, especialmente para a aceitação do homossexualismo.

Em sua resposta, Bätzing disse que “para nenhum dos bispos alemães esta é uma opção. Nunca! Somos católicos e vamos continuar sendo, mas queremos ser católicos de outra maneira”.

Bätzing falou que esta semana em Roma foi “uma visita desafiadora” e confirmou que “todos os temas do Caminho Sinodal Alemão surgiram na mesa, e em lugares muito diversos, seja com o papa, seja nos dicastérios ou na reunião interdicasterial” de sexta-feira (18).

“Agradeço que as preocupações que existem em Roma tenham sido expressas abertamente. E estou igualmente grato que as preocupações e opiniões de nossa conferência de bispos tenham sido escutadas, em todos os temas", continuou ele.

“Para mim, o encontro interdicasterial foi um sinal de que, apesar das opiniões contraditórias, continuamos no mesmo caminho”, disse dom Bätzing.

“A Igreja na Alemanha não segue seu próprio caminho e não tomará nenhuma decisão que só seria possível no contexto da Igreja universal”, disse dom Bätzing.

No entanto, acrescentou que “a Igreja na Alemanha quer e deve dar respostas às perguntas feitas pelos fiéis”.

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Sobre a ordenação de mulheres prevista pelo Caminho Sinodal, o bispo confirmou que para Roma “a perspectiva é muito clara, esta questão está fechada”.

No entanto, diante dessa situação, Bätzing pediu para "ouvir os argumentos".

Sobre seu encontro com o papa Francisco na quinta-feira (17), ele disse que “a conversa nos animou. Também, as diferentes posições foram apresentadas em nossa conferência de bispos”.

"O Santo Padre deixou claro para nós que as tensões são necessárias, as tensões sob as quais está e que a resolução requer coragem e paciência", disse ele.

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