O papa Francisco reconheceu o martírio de Józef Ulma e Wiktoria Ulma, poloneses que foram mortos com seus sete filhos pelos nazistas em março de 1944, por ter escondido oito judeus em sua casa.

A Santa Sé informou no sábado (17) que os futuros beatos foram “mortos por ódio à fé em 24 de março de 1944 em Markowa, Polônia”, durante a ocupação nazista da Segunda Guerra Mundial.

Apesar dos riscos e da pobreza, Józef e sua mulher Wiktoria Ulma protegeram seus vizinhos judeus que fugiam do regime nazista, possivelmente desde o final de 1942.

Na manhã de 24 de março de 1944, cinco gendarmes alemães e outros policiais comandados pelo tenente Eilert Dieken chegaram à casa da família Ulma.

Eles mataram os judeus primeiro e depois Józef e Wiktoria, que estava no sétimo mês de gravidez. Mais tarde, o tenente Dieken matou os filhos do casal.

Em 1995, o Instituto Yad Vashem de Israel atribuiu ao casal o título de "Justos entre as Nações". Cerca de 6,4 mil poloneses que arriscaram suas vidas para salvar os judeus do Holocausto receberam já recebeream o mesmo título.

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Em março de 2021, o postulador da causa de beatificação, padre Witold Burda, disse que, no caso da família Ulma, tratou-se de "demonstrar que eles foram martirizados por sua fé em Cristo, e os perseguidores, uns soldados alemães, os privaram da vida por ódio à fé da família ou pela virtude decorrente da fé, neste caso o amor ao próximo”.

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