Sacerdote chinês de Igreja clandestina é detido e bispo continua desaparecido

STAMFORD, 5 de jan de 2006 às 18:03

O Padre Wang Wenzhi, um sacerdote de 50 anos de idade da diocese do Yongnian em Hebei, foi detido por oficiais de segurança chinesa logo depois de celebrar uma Missa na casa de uma família em 11 de dezembro de 2005 em Fengfeng, Handan. Desde esse dia está preso em um centro do Guangping.

"Achamos que o Governo chinês está tratando de fazer a cabeça ao presbítero para que se uma à Igreja Patriótica, controlada pelas autoridades comunistas. Nos informou que o Governo não teve sucesso nesta tentativa", conforme informa a Fundação Cardeal Kung.

"O Pe. Wang é parte do primeiro grupo de sacerdotes ordenados na diocese do Yongnian, há 20 anos. Em 28 de dezembro celebrou 20 anos de sacerdócio e lhe permitiram visitar sua mãe brevemente quando esta fez 80 anos. Além disso, o presbítero foi detido há 13 anos durante 18 meses", acrescenta a organização.

A fundação também lembrou que o Bispo de Yongnian, Dom. Han Dingxiang, continua desaparecido. Este Prelado foi detido pelo governo chinês há seis anos, em dezembro de 1999. Depois disso, esteve preso em algumas instalações governamentais em Yongnian e algumas pessoas podiam vê-lo, mas isso já não é possível.

Joseph Kung, Presidente da Fundação Cardeal Kung, indicou que "obviamente, o horror intensificado da campanha do governo chinês para que os católicos fiéis se adiram à Igreja Patriótica, está em marcha. Faço um urgente chamado ao Comitê Olímpico Internacional para que tome nota destas detenções e considere o cancelamento dos Jogos na China em 2008 para preservar seu bom nome e espírito".