Cuenca, 13 de jan de 2023 às 15:18
Um homem de Cuenca, Equador, se viu forçado a mudar legalmente seu "gênero" na tentativa de ficar com a guarda de suas duas filhas.
René Salinas, de 47 anos, disse ao jornal local La Voz del Tomebamba que "ser pai neste país, o Equador, é castigado ".
“As leis dizem que quem tem direito é a mulher. Agora eu também sou mãe. É assim que eu me considero. Eu tenho muita certeza da minha sexualidade. O que tenho buscado é dar o amor e a proteção que uma mãe pode dar a seus filhos”, disse.
Ciudadano ecuatoriano cambió su género a femenino para luchar por la custodia de sus hijas. “Mi actuar no es contra nadie en particular, sino contra el sistema”, dijo Rene Salinas, quien renunció a su género masculino en el Registro Civil de Cuenca.
— La Voz del Tomebamba (@tomebamba) December 30, 2022
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O Equador aprovou uma lei em 2015 que permite que as pessoas mudem legalmente seu “gênero” em documentos emitidos pelo governo. Em 30 de dezembro, Salinas fez a alteração em sua carteira de identidade e agora na carteira consta a palavra "feminino".
Segundo Salinas, suas duas filhas vivem em um ambiente abusivo na casa da mãe e ele não as vê há cinco meses.
“A lei está tirando nosso direito de sermos pais. [Mudar meus documentos oficiais] é uma prova de amor", disse ele.
Cecilia Ordóñez Andrade, ativista política pró-vida e pró-família de Cuenca, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, ontem (12) que “para Salinas esta é a única forma que tem para lutar pela guarda de suas filhas em igualdade de condições”.
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“Uma delas não pôde ver o pai por mais de um ano, enquanto a outra, segundo noticiou a imprensa, sofre agressões físicas da mãe”, disse Ordóñez, mestre em Gestão de instituições Políticas Administrativas da Universidade de Alicante, Espanha.
Para a líder pró-família, “esse tipo de lei não gera nada positivo”.
“O sistema atual é perverso ao gerar esse tipo de leis, e obriga você a seguir o caminho de Salinas, que não é o ideal nem a melhor forma de lutar para manter a família unida”, disse.
A especialista considera que o problema deste tipo de normas surge devido à imposição de um “feminismo hegemônico”.
“O feminismo hegemônico é intolerante, não abre à discussão e ignora o fato de que os homens sofrem com o sexismo e desvantagens como a guarda dos filhos, o que dá margem a discussões como a atual”, disse ela.
Ordóñez diz que "o feminismo radical não está interessado no princípio da igualdade perante a lei" e que "este caso é um exemplo claro em que os princípios constitucionais são violados".
"A única coisa que o feminismo hegemônico está conseguindo é perder as lutas de que falam e que as mulheres continuem perdendo mais espaços", disse.
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— ACI Digital (@acidigital) January 12, 2019