A Suprema Corte do Sri Lanka ordenou na quinta-feira (12) que o ex-presidente Maithripala Sirisena e quatro outros ex-funcionários de alto escalão paguem cerca de US$ 886 mil de indenização às vítimas dos atentados de Páscoa de 2019, que deixaram mais de 269 mortos e centenas de feridos.

Na sentença proferida em 13 de janeiro, a corte condenou Sirisena por omissão, ao não ter impedido os ataques apesar de ter informações de inteligência suficientes. A inação permitiu que fossem coordenados atentados suicidas contra hotéis e igrejas católicas.

Segundo UCA News, os culpados, funcionários do Ministério da Defesa e da inteligência, devem pagar a indenização aos familiares das vítimas que entraram com a ação.

O padre Sarath Iddamalgoda disse que a sentença mostra que ninguém está acima da lei.

“Como padre, tentei buscar justiça para as vítimas. Mas o mentor do ataque ainda não foi localizado. Estamos esperando que ele seja pego", disse ao UCA News.

O arcebispo de Colombo, cardeal Malcolm Ranjith, pediu na sexta-feira (13) uma investigação completa sobre os ataques de 2019.

“O procurador-geral disse que isso deveria ser investigado, embora até agora não tenha sido feito de forma completa. O julgamento foi uma grande abertura para nós, para começarmos a analisar todos os aspectos do caso”, disse o arcebispo, segundo a agência de notícias EFE.

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Ele também comentou que espera "que este julgamento inaugure uma nova era de liberdade e justiça em nosso país".

Na Páscoa de 2019, nove terroristas afiliados ao grupo islâmico local Thowheed Jamathha destruíram duas igrejas católicas em Colombo, uma igreja evangélica em Batticaloa e três hotéis de luxo no Sri Lanka por meio de ataques suicidas.

Naquele momento, o cardeal Ranjith criticou as autoridades por não terem dado uma explicação clara sobre como os terroristas fizeram o ataque, embora o serviço de inteligência supostamente soubesse que os ataques eram iminentes.

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