Um relatório atualizado de CatholicVote revela que, desde maio de 2020, houve 275 ataques a igrejas católicas.

Naquele mês, por causa da morte de George Floyd, morto pela polícia de Minneapolis, teve início um período de agitação civil tomou conta do país. Segundo CatholicVote, os templos não ficaram a salvo das turbas que destruíam propriedades em várias cidades. Os ataques, revela o documento, continuaram e se intensificaram.

Os ataques incluem incêndios criminosos que danificaram ou destruíram igrejas, mensagens satânicas pintadas com spray, pedras e tijolos jogados em janelas e estátuas quebradas.

CatholicVote afirma que houve uma segunda onda de ataques muito marcante, após o vazamento do projeto de sentença da Suprema Corte revertendo a decisão sobre o aborto no caso Roe x Wade, no início de maio de 2022. Em 1973, Roe x Wade liberou o aborto nos EUA. em julho do ano passado a decisão, foi de fato, anulada.

Um relatório do Family Research Council publicado em dezembro também mostrou que os ataques a igrejas aumentaram após a anulação de Roe x Wade.

Desde que o rascunho vazou até o momento, houve 118 ataques a igrejas católicas, segundo CatholicVote.

“Enquanto alguns ataques incluíam roubo, a grande maioria envolvia apenas a destruição de propriedades, indicando que o ganho material não era o motivo principal”, disse a organização católica, no domingo (22).

Dos 50 Estados americanos, 42 e o distrito federal Washington D.C. foram afetados por atos de vandalismo.

Os Estados com mais ataques são: Califórnia, com 39; Nova York, com 28; Pensilvânia, com 19; Texas, com 15; Colorado, com 14; Nova Jersey, com 14; Massachusetts, com 12; Flórida, com 11; Washington, com 11; e Oregon, com 10.

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Em seu relatório, CatholicVote também afirmou que apenas 25% dos ataques a igrejas que registrou levaram a alguma prisão.

“O vandalismo que estamos vendo hoje está aumentando rapidamente para níveis não vistos desde o final de 1800 e início de 1900 por grupos organizados como Know-Nothings e Ku ​​Klux Klan”, escreveu o presidente da CatholicVote, Brian Burch. Ambos os grupos citados por Burch defendiam a supremacia dos anglo-saxões rotestantes contra negros e imigrantes, principalmente católicos como irlandeses e italianos.

Em dezembro de 2021, Burch enviou uma carta ao Departamento de Justiça, citando pelo menos 114 casos desde maio de 2020 e criticando sua liderança por "não fazer nenhum esforço significativo para conscientizar ou abordar o aumento inquietante de ataques cheios de ódio contra católicos, símbolos religiosos, santuários, estátuas e igrejas".

A vice-procuradora-geral Vanita Gupta respondeu à carta de Burch em 28 de janeiro de 2022, prometendo uma "revisão de 15 dias para garantir que todos os recursos apropriados estejam disponíveis para proteger os locais de culto".

CatholicVoice afirmou que, desde então, "não há evidências de que o Departamento de Justiça tenha tomado qualquer ação específica e os ataques continuaram".

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