A Agência Brasil, parte da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) do governo federal, usou linguagem neutra em matéria sobre o 1º Encontro de parlamentares LGBT+ que foram eleitos para a Câmara dos Deputados e também para as Assembleias Legislativas dos Estados. “Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília”, dizia o título da matéria postada dia 21 de janeiro.

Linguagem neutra é defendida por ativistas da ideologia de gênero e estabelece o uso de expressões que não sejam no masculino nem no feminino. Os artigos “a” e “o” são substituídos, por exemplo, por letras como “e” ou “x”, para expressar o que classificam como gênero neutro ou não-binário. Assim, palavras como “todos” e “todas” são escritas “todes” ou “todxs”, “menino” ou “menina” passam a ser escritos como “menine”, entre outros.

Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

O evento a que a matéria da Agência Brasil se refere aconteceu em 20 e 21 de janeiro, em Brasília, com a presença das deputadas federais Duda Salabert (PDT- MG) e Érika Hilton (PSOL- SP) e da deputada estadual, Dani Balbi (PCdoB - RJ), que se identificam como mulheres, e de Carolina Iara (PSOL - SP) que se identifica como intersexo.

A autora da matéria, Fulana de Tal, diz no final de seu texto que, “a pedido das parlamentares eleites”,  “utilizou o gênero neutro nas construções das frases”

A linguagem neutra foi usada na posse de seis ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse em seu discurso no dia 1º de janeiro: “Boa tarde a todas, a todos e a todes”.

Na posse do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo; da ministra da Cultura, Margareth Menezes; da ministra da Mulher, Cida Gonçalves; e do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, quem usou a linguagem neutra “todes” foram os cerimonialistas.

 

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