LIMA, 7 de jan de 2006 às 14:25
O Arcebispo de Lima e Primado do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani, exortou aos candidatos presidenciais incluir em seus respectivos planos de governo a vigência prática da Doutrina Social da Igreja, porque sua aplicação significará “múltiplos bens à sociedade e sensibilizará as consciências” frente a diversas situações que atravessa o país.
Em uma mensagem pelas eleições gerais do próximo 9 de abril, o Cardeal assinalou que para a Igreja “é um direito aplicar o Evangelho no complexo mundo da produção, do trabalho, da empresa, das finanças, do comércio, da política, da jurisprudência e da cultura, no que o homem cotidianamente se vê imerso”.
Educação em valores e defesa da vida
O Arcebispo de Lima adicionou que a defesa da cultura da vida é a peça chave para proteger o futuro de nosso país. “É urgente deter a tendência abortista que invade o ambiente legislativo; a constante tentativa de dissolver o matrimônio com leis permissivas que facilitam o divórcio ou o atropelo à identidade sexual dos homens e mulheres sob a chamada ideologia do gênero”, anotou.
Precisou que “este perigo resolve-se for proposta uma transformação educativa séria que se dirija a reconhecer a transcendência e o valor espiritual interior da pessoa humana, evitando reduzir sua dignidade apenas ao bem-estar material”.
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No documento, o Cardeal também recordou que a missão principal do Estado é manter em ordem ao país, em condições propícias para o investimento adequado e ressaltou que por isso é importante que o setor privado compreenda que deve ampliar sua participação para compartilhar a responsabilidade direta do Estado na cobertura dos serviços básicos.
Acrescentou que “para fazer viável uma proposta de criação de emprego maciço é necessário educar e promover a auto-estima e valoração do papel social da liderança”.
“É necessário um maior compromisso dos meios de comunicação na tarefa não somente de informar, mas também de orientar e de educar em valores à população. Devemos sair da tendência de ressaltar o negativo e não premiar o positivo e de utilizar à pessoa