7 de fev de 2024 às 07:00
No pontificado do beato Pio IX (1846-1878), cuja festa é celebrada hoje (7), as ideologias e interesses político-militares na Europa levaram o papa a viver uma época de mudanças radicais que o obrigaram inclusive a fugir de Roma para salvar a vida dele.
As ideias anticlericais e liberais que consideravam as regiões da Itália como uma única nação ganharam mais força.
No Piemonte (ao norte), por exemplo, os mosteiros foram suprimidos, as ordens religiosas foram expulsas e vários bispos foram presos. Em outros governos europeus, as concordatas (acordos com o papado) foram abolidas.
Em 1848, o papa nomeou primeiro-ministro dos Estados Pontifícios o leigo e economista Pellegrino Rossi, que foi assassinado. Os revolucionários dispararam contra o então palácio papal no Quirinal de Roma, matando o secretário pessoal do papa.
Pio IX decidiu fugir disfarçado e foi para Gaeta, ao sul de Roma. Ele voltou em 1850 com a ajuda de alguns príncipes católicos e intervenção francesa. No entanto, perdeu os Estados Pontifícios e a sua autonomia e liberdade foram ameaçadas. Por isso, ele se proclamou “prisioneiro”.
Durante a sua missão a serviço da Igreja, convocou o Concílio Vaticano I, com o objetivo de defender a fé e combater os erros do racionalismo, do materialismo e dos ateísmos modernos.
Segundo Vatican News, o beato Pio IX costumava rezar a seguinte oração “contra o erro”:
Dulcíssimo Jesus, nosso divino Mestre,
Vós que sempre tornastes vãs as astúcias infames dos fariseus,
com as quais eles dirigiam sempre a Vós,
destruí as conspirações dos ímpios e de todos aqueles que,
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na mesquinhez das suas almas, tentam seduzir
e subjugar o vosso Povo com suas falsas sutilezas.
Iluminai todos nós, vossos discípulos, com a luz da vossa graça,
para que não sejamos corrompidos pela astúcia dos sábios deste mundo;
sábios que difundem, por toda parte, seus erros e seus sofismas funestos,
para arrastar também nós para o seu abismo.
Concedei-nos a luz da fé forte
para desmascarar as insídias dos ímpios;
acreditar, com firmeza, nos dogmas da vossa Igreja
e rejeitar, com constância, as máximas enganadoras.