A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) aprovou a revogação do título de Doutor Honoris Causa concedido em 2022 ao padre jesuíta e artista plástico Marko Rupnik, acusado de ter abusado de religiosas adultas.

A decisão da PUCPR foi anunciada na segunda-feira (13) em nota publicada em seu site.

A resolução foi tomada pelo Conselho Universitário em sessão extraordinária "diante dos fatos amplamente relatados sobre os acontecimentos que envolvem Marko Ivan Rupnik".

O texto diz que, dessa forma, a universidade católica considerou o jesuíta "indigno de tal homenagem".

O padre Marko Rupnik é cofundador da Comunidade Loyola na Eslovênia, que surgiu na década de 1980, onde supostamente abusou de religiosas adultas.

Após uma investigação preliminar confiada à Companhia de Jesus, a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) “considerou que os fatos em questão prescreveram, por isso arquivou o processo no início de outubro” de 2022, diz um comunicado dos jesuítas de 2 de dezembro.

O superior geral da Companhia de Jesus, padre Arturo Sosa, confirmou em 14 de dezembro que Rupnik havia sido excomungado em maio de 2020 por ter confessado a uma de suas vítimas.

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A cronologia publicada pelos jesuítas em 18 de dezembro, diz que a Congregação para a Doutrina da Fé declarou em maio de 2020 que, de fato, Rupnik havia sido excomungado, mas sua sentença foi revogada no mesmo mês.

Rupnik está proibido de confessar, exercer a direção espiritual e acompanhar exercícios espirituais. Também não pode fazer atividades públicas sem a autorização do seu superior.

Em entrevista à Associated Press, publicada em 25 de janeiro, o papa Francisco comentou sobre o caso Rupnik. “Não tive nada a ver com isso”, disse.

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