1 de mar de 2024 às 05:00
Hoje (1º), a Igreja celebra santo Albino de Angers, bispo francês do século VI, uma das figuras mais influentes na reforma moral da sociedade francesa de seu tempo.
Homem de oração
Albino nasceu no ano 496 em Vannes, França. Nobre de nascimento, ele renunciou ao seu título e herança para viver inteiramente para Deus como um monge. Entrou no mosteiro de Tincillac, que era regido pela Regra de Santo Agostinho. Ele tornou-se abade (superior do mosteiro) aos 35 anos, permanecendo no cargo até 529, quando foi eleito bispo de Angers.
Homem de ação
Santo Albino foi bispo de Angers entre os anos 529 e 550.
Como bom pastor, guiava zelosamente o seu rebanho, guardando sempre os bons costumes e a virtude. Isso lhe deu certa fama de severo ou rígido, mas não de bispo carente de humanidade, muito pelo contrário.
Santo Albino se preocupou em ser o primeiro a dar o exemplo e exigir que as autoridades ou os poderosos fizessem o mesmo. Como bispo, promoveu a caridade e a ajuda aos mais necessitados. Ele também trabalhou pela restauração da disciplina eclesiástica e foi um dos principais promotores do III Concílio de Orleans.
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Nesse concílio, santo Albino advogou, por exemplo, pelo restabelecimento das condições canônicas relativas ao matrimônio que proibiam os contraentes de ter laços próximos de parentesco; condição que havia sido flexibilizada em favor dos interesses da nobreza ou por motivos relacionados com a instituição da herança.
Homem de Deus
Santo Albino é considerado o santo padroeiro das crianças que sofrem de cegueira e tosse convulsa.
A tradição fala dele como alguém que fez muitos milagres em vida. Uma história famosa conta que por sua intercessão, um jovem chamado Albaldo foi trazido de volta à vida. Outra tradição relata que o santo, depois de ter intercedido sem sucesso pela vida de um grupo de ladrões condenados à morte, uma parte do muro da prisão onde eles estavam caiu durante a noite e conseguiram escapar.
Conta-se que aqueles jovens entenderam que Deus lhes dera uma nova oportunidade e voltaram para ver o santo, prometendo mudar de vida. Sabe-se que ele também curou várias pessoas que sofriam de cegueira, principalmente crianças.
A devoção a santo Albino hoje é bastante difundida em países europeus como Itália, Espanha, Alemanha e Polônia. Muitos templos e paróquias são dedicados à sua memória na França, sua terra natal.
Santo Albino de Angers morreu no ano 550 e seu corpo foi sepultado na igreja originalmente dedicada a são Germano de Auxerre, construída pelo rei franco Childeberto I e são Germano de Paris. Esta Igreja depois foi dedicada a santo Albino de forma definitiva.