A sala de imprensa da Santa Sé informou ontem (28) que o papa Francisco nomeou o espanhol Maximino Caballero Ledo como novo membro da Comissão de Assuntos Reservados.

Seu novo membro, Maximino Caballero Ledo, é o atual prefeito da Secretaria de Economia. Nasceu em 21 de dezembro de 1959 em Mérida, Espanha, é casado e tem dois filhos. Estudou Economia e Administração de Empresas na Universidade Autónoma de Madri e um Mestrado em Administração de Empresas na Escola de Negócios IESE de Barcelona.

Caballero Ledo substitui na comissão o padre jesuíta Juan Antonio Guerrero, também espanhol e que foi prefeito da Secretaria de Assuntos Econômicos até novembro de 2022, quando renunciou por “motivos pessoais”.

A Comissão de Assuntos Reservados da Santa Sé foi mencionada pela primeira vez na legislação sobre “a transparência, o controle e a concorrência nos procedimentos de adjudicação de contratos públicos da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano", promulgada junto a um motu proprio do papa Francisco em 1º de junho de 2020.

O artigo 4.1 sobre regras de transparência, controle e concorrência, fala da necessidade de criar uma comissão de controle para supervisionar os contratos da Santa Sé em temas específicos e "sensíveis" que afetam sobretudo a segurança do papa, da Santa Sé e da Igreja universal.

Alguns meses depois, em outubro de 2020, o papa nomeou os membros da comissão.

A delegação foi concebida como uma tentativa do papa de promover a transparência econômica da Santa Sé e lutar contra a corrupção.

Seus membros se encarregam, portanto, de fiscalizar os contratos feitos pela Secretaria de Estado, especialmente aqueles que incluem cláusulas de confidencialidade que garantam a soberania e a independência da Santa Sé.

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A comissão é presidida pelo cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; e seu secretário é dom Filippo Iannone, prefeito do Dicastério para os Textos Legislativos da Santa Sé.

Fazem parte desta Comissão também dom Fernando Vérgez Alzaga, secretário do interior do Vaticano; e dom Nunzio Galantino, presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA).

No motu proprio de 1º de junho, o papa Francisco disse que "a promoção de uma contribuição concorrente e leal de agentes econômicos, unida à transparência e ao controle dos procedimentos de adjudicação de contratos, permitirá uma melhor gestão dos recursos que a Santa Sé administra para alcançar as finalidades próprias da Igreja”.

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