Buenos Aires, 24 de mar de 2023 às 15:46
María Inés Franck, diretora de política de prevenção do Centro de Acompanhamento de Menores da América Latina (CEPROMELAT), falou da importância da mulher na luta contra o abuso e sua prevenção na Igreja Católica.
“A importância de ter mulheres nessa instância faz a diferença. É importante que haja homens e mulheres na prevenção, porque somos complementares”, disse a especialista argentina em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.
Franck, advogada da Pontifícia Universidade Católica Argentina e autora do livro “Como prevenir o abuso infantil na família e na escola. Uma missão para as mulheres”, disse que “a mulher tem um olhar mais atento para ajudar, para sustentar. Não estou dizendo que os homens não têm. Temos perspectivas que se complementam e as duas são importantes, as duas são necessárias”,
Para ela, as mulheres oferecem “mais empatia, um olhar mais atento ao que é sensível”.
“Eu acho que esta complementaridade é necessária e também faz com que o discurso seja sincero, seja genuíno, e que se traduza principalmente em medidas concretas e eficazes”, disse.
Recentemente, o cardeal Sean O'Malley, presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, apresentou, no Paraguai, a nova equipe para a América Latina.
Além de María Inés Franck, o padre mexicano Daniel Portillo e a brasileira Eliane di Carli passaram a integrar o órgão.
Franck disse que “a Santa Sé, ao nos eleger, fez um voto de confiança”.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
“Está por trás de cada Conferência Episcopal, cada uma tem seus padrões de prevenção adequados, reconhecendo sua própria cultura, história, cada uma tem sua diferença em recursos, em possibilidades”.
“No entanto, existem alguns padrões mínimos que devem ser cumpridos, que a Santa Sé está tentando que sejam cumpridos em todos os países. Esta é a chave para essas nomeações”, disse a advogada.
Segundo Franck, a Santa Sé escolheu pessoas que conhecem a realidade da América Latina, "essas nomeações implicam uma forte, não diria descentralização, mas sim uma confiança nas Igrejas locais, por um lado, e um desejo promovê-las e de fazer isso com todos os recursos necessários para poder fazer uma boa prevenção nos níveis locais, no âmbito dos países”.
O CEPROMELAT diz em seu site que é “uma equipe de profissionais de diferentes disciplinas e de diferentes países da América Latina” cujo objetivo é que a Igreja “se torne um lugar cada vez mais seguro para todos, especialmente para crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis”.
Confira também:
Brasileira integra comissão para a proteção de menores da Santa Sé https://t.co/WGx9TA7RvG
— ACI Digital (@acidigital) March 16, 2023
