REDAÇÃO CENTRAL, 29 de mar de 2023 às 06:00
Hoje (29), a Igreja comemora são Jonas e são Barachiso, mártires. São dois irmãos nascidos em Beth-Asa, na Pérsia, hoje território do Irã, que deram a vida como mártires no ano 327.
O incentivo dos mártires
No décimo oitavo ano do reinado de Sapor II, rei da Pérsia, começou uma cruel perseguição contra os cristãos no Oriente. Por ordens reais, mosteiros e templos foram arrasados ou queimados; qualquer cristão que professasse sua fé em público estava sob ameaça.
Aconteceu que um grupo de cristãos foi capturado e condenado à morte. Então, enquanto eles permaneciam nas masmorras esperando o momento final, dois bravos monges de Beth-Iasa se aproximaram do local para dar-lhes água e comida. Mais tarde, quando os prisioneiros foram levados ao local onde seriam torturados, os monges os seguiram, encorajando-os com orações e arengas enquanto sofriam os castigos. Nesse dia nenhum dos condenados à morte abdicou da fé. Esses monges eram os irmãos Jonas e Barachiso.
Só há um 'Rei dos reis'
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Quando tudo acabou, um grupo de soldados persas avançou contra os irmãos e os fez prisioneiros. Então, o encarregado de fazer o massacre os exortou a adorar o sol, a lua, a terra e a água. Pediu-lhes também que prestassem homenagem ao 'rei dos reis', referindo-se a Sapor, mas os monges se recusaram, porque para eles o único rei dos reis era Cristo que, ao contrário de Sapor, nunca morrerá.
Isso foi motivo de escândalo entre os juízes persas, que chamaram Sapor de 'imortal'. Em retaliação, Barachiso foi jogado em uma masmorra estreita, enquanto Jonas foi chicoteado e depois jogado em uma cisterna de água gelada. Ambos pernoitaram nestas condições, para depois serem submetidos a um jogo cruel, bastante comum entre os sayons (carrascos). Como os irmãos haviam sido separados, os carrascos começaram a "jogar" cruelmente com eles. Barachiso foi informado de que Jonas havia renunciado a Cristo com o propósito de fazer ele se render. O monge ignorou tais mentiras e reafirmou a sua fé. Logo em seguida, por ter reagido dessa forma, os juízes determinaram que ele fosse espancado com varas de gado, assim como seu irmão Jonas.
Pérsia, terra de mártires
Por fim, Jonas acabou sendo esmagado por uma prensa de uvas, e em Barachiso derramaram piche quente e colocaram chumbo pela boca. Um homem chamado Abdisotas resgatou os dois corpos pagando quinhentos daries (a moeda persa da época) aos soldados. Então, ele deu aos irmãos um enterro cristão.
A história de Jonas e Barachiso, assim como a dos outros mártires da Pérsia, ocorreu em um momento em que o Edito de Milão já vigorava no Ocidente e as perseguições haviam cessado. No Oriente, porém, a situação era bem diferente.