30 de mar de 2024 às 06:00
O Catecismo da Igreja Católica diz que o Sábado Santo é um dia "de grande silêncio" por causa da morte de Cristo.
O Catecismo explica nos números 631 a 637 a parte do Credo que diz “Jesus Cristo desceu a mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia”.
O Credo, diz o Catecismo, "confessa, num mesmo artigo da fé, a descida de Cristo a mansão dos mortos e a sua ressurreição dos mortos ao terceiro dia, porque, na sua Páscoa, é da profundidade da morte que Ele faz jorrar a vida".
Jesus, continua o texto, “antes da ressurreição, permaneceu na mansão dos mortos (cf. Hb 13,20). Este é o sentido primeiro dado pela pregação apostólica à descida de Jesus à mansão dos mortos: Jesus conheceu a morte, como todos os homens, e foi ter com eles à morada dos mortos. Porém, desceu lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos espíritos que ali estavam prisioneiros”.
Quando Jesus morre, no Sábado Santo “um grande silêncio envolve a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme”.
“A terra está amedrontada e oprimida, porque Deus adormeceu na carne e despertou os que dormiam desde os tempos antigos”, acrescenta.
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Jesus então “vai à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quer visitar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte. Vai libertar Adão do cativeiro da morte. Ele que é ao mesmo tempo seu Deus e seu filho”.
O Catecismo também diz que na Bíblia, inferno ou hades é “a morada dos mortos, a que Cristo desceu após a morte, porque aqueles que aí se encontravam estavam privados da visão de Deus. Tal era o caso de todos os mortos, maus ou justos, enquanto esperavam o Redentor”.
“A descida à mansão dos mortos é o cumprimento, até à plenitude, do anúncio evangélico da salvação”, diz o catecismo.
“É a última fase da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta no seu significado real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, porque todos aqueles que se salvaram se tornaram participantes da redenção”, diz o catecismo.
Desta forma, Cristo “pela sua morte, reduziu à impotência aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e libertou quantos, por meio da morte, se encontravam sujeitos à servidão durante a vida inteira”.