Depois de tomar conhecimento do preocupante aumento dos abortos realizados na Espanha, várias organizações civis, entre elas as que convocaram à manifestação em defesa da família em 18 de junho passado, solicitaram uma entrevista com a Ministra da Saúde. Frente à segura negativa do Governo de modificar suas políticas a respeito, os convocantes se mostram dispostos "a promover mobilizações e sair às ruas se não nos ouvirem", assegura o jornal La Razón.

Diante das últimas estatísticas sobre o aborto na Espanha, dadas a conhecer recentemente pelo Ministério da Saúde, várias entidades civis se propõem à busca de políticas alternativas que ajudem a frear o que consideram "a principal causa de mortalidade na Espanha".

"As entidades entendem que as políticas que a Administração tem seguido neste campo foram ‘um terminante fracasso’, que levou a um aumento progressivo do número de abortos", assinala o periódico.

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La Razón lembra que várias destas entidades denunciaram que a magnitude das estatísticas (84 mil e 985 abortos em 2004, 6,5 por cento mais que no ano anterior) indica que apesar de que a lei só contemple três pressupostos de despenalização, na prática "o aborto é livre na Espanha".

Por isso, organizações como o Foro Espanhol da Família (FEF), a plataforma "Hay alternativas" ou a Associação de Vítimas do Aborto "solicitaram diversas entrevistas com Elena Salgado, Ministra da Saúde, para procurar soluções às tradicionais políticas de prevenção do aborto, que se mostraram ineficazes".

O FEF, continua o jornal, propõe a criação de uma "Rede Nacional de Apóio à Mulher Grávida", um plano que coordene os esforços de entidades sociais e administrações públicas para evitar "a solidão" a que enfrentam as mulheres grávidas com problemas.

"Entretanto, o otimismo não impera na hora de obter uma resposta por parte do Governo, por isso os convocantes da manifestação de 18-J se mostram dispostos ‘a promover mobilizações e sair às ruas se não nos ouvirem’", conclui.