O senador republicano Marco Rubio, do estado da Flórida, EUA, disse que o único crime de dom Rolando Álvarez, condenado a 26 anos e quatro meses de prisão, é ter criticado o "regime brutal" de Daniel Ortega e sua mulher Rosario Murillo, vice-presidente da Nicarágua.

“O bispo Rolando Álvarez continua detido injustamente enquanto cumpre uma sentença de 26 anos”, escreveu Rubio num tuíte na sexta-feira (5). “O único crime do bispo Álvarez: ser um homem de grande fé e ter a coragem de se manifestar contra o brutal regime de Ortega-Murillo # ExpressionNotOppression”.

A Aliança Universitária da Nicarágua (AUN) também exigiu neste sábado (6) a libertação do bispo de Matagalpa.

“260 dias de injustiça. Dom Álvarez continua preso pela ditadura de Ortega. Exigimos sua liberdade! #LibertadParaMonseñorAlvarez #SOSNicaragua", escreveu a AUN em sua conta no Twitter.

 

Dom Rolando Álvarez foi preso pelo governo da Nicarágua, junto com padres, diáconos e seminaristas em Matagalpa em 19 de agosto de 2022. Ele foi condenado em 10 de fevereiro a 26 anos e quatro meses de prisão como "traidor da pátria" por criticar o governo.

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Na véspera, o bispo se recusou a deixar o país no grupo de 222 presos políticos deportados para os EUA. Dom Álvarez preferiu ficar com seu povo e com os presos políticos que continuam presos no país.

57 novas detenções

Monitoreo Azul y Blanco, organização que registra e denuncia violações de direitos humanos na Nicarágua, informou que até o meio-dia de 4 de maio, o regime deteve 57 pessoas: 22 mulheres e 35 homens.

As detenções ocorreram nos departamentos de Manágua, Matagalpa, Chinandega, Chontales, Estelí, Granada, Jinotega, León e Madriz, entre outros. Eles foram soltos, mas continuam em liberdade vigiada, tendo que se apresentar á Justiça periodicamente.

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