O papa Francisco se reuniu hoje (10) com os participantes da conferência da Pontifícia Academia das Ciências sobre “Crises alimentar e humanitária: ciência e políticas para sua prevenção e mitigação”.

Em seu discurso, Francisco falou da importância desta conferência porque “faz um apelo às autoridades e práticas políticas, a fim de aliviar o sofrimento de muitos dos nossos irmãos e irmãs que não têm uma alimentação saudável e não têm acesso a alimentos suficientes”.

Para o papa, esta situação é “um desafio urgente” devido às frequentes “situações marcadas por catástrofes naturais, mas também por conflitos armados, penso sobretudo na guerra da Ucrânia”.

Segundo o papa Francisco, “a corrupção política ou econômica e a exploração da terra, nossa casa comum, impedem a produção alimentar, ameaçam os sistemas agrícolas e ameaçam perigosamente o abastecimento nutricional de populações inteiras”.

Ele também disse que "as guerras e misérias levam ao declínio da solidariedade fraterna".

Esse declínio, para o papa Francisco, “é determinado pelas reivindicações egoístas inerentes a alguns modelos econômicos atuais”.

Transformar crise em oportunidade

"Uma crise também pode se tornar uma oportunidade, uma ocasião propícia para reconhecer e aprender com os erros do passado", disse o papa.

Francisco garantiu o apoio da Igreja a quantos promovem “o desenvolvimento humano integral, a justiça entre os povos e a solidariedade internacional, fortalecendo assim o bem comum da sociedade”.

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Francisco diferenciou entre crises e conflitos e disse que “é possível sair das crises, se deve sair, mas com duas condições”.

“Não podemos sair de uma crise sozinhos, ou saímos juntos ou não saímos. Isso é importante! Não se pode sair sozinho, é preciso a comunidade, do grupo para sair”, disse.

“Se sai de uma crise para melhorar, sempre para seguir em frente, para progredir”, disse o papa.

“Por isso agradeço sua atitude perante esta crise, a fim de sairmos juntos e sairmos melhores”, concluiu.

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