12 de mai de 2024 às 00:15
A beata Joana de Portugal, celebrada hoje (12) pela Igreja, era filha do rei dom Afonso V. Recebeu uma formação cristã e desde jovem sentia o chamado a seguir a vida religiosa. Por isso, rejeitou todos os pretendentes a casamento para se tornar esposa de Cristo, recolhida em um convento dominicano. Após sua morte, sua fama de santidade logo se espalhou e ela é chamada até hoje de Santa Joana Princesa.
Joana nasceu em 6 de fevereiro de 1452, em Lisboa. Era a filha mais velha do rei dom Afonso V e de dona Isabel de Avis e irmã do futuro rei de Portugal, dom João II. Seus pais lhe deram o nome de Joana por causa da grande devoção da rainha por são João Evangelista. Aos quatro anos, Joana ficou órfã de mãe.
Desde pequena, buscava praticar as virtudes, demonstrando forte inclinação religiosa. Dedicava-se à caridade em favor dos pobres. Cultivava uma profunda piedade e vida interior e tinha grande devoção à paixão de Cristo. Usava cilício por baixo de seus trajes reais para se mortificar, jejuava muitas vezes a pão e água, especialmente na Sexta-feira Santa. À noite, meditava a Paixão e morte de Jesus. Quando seu pai lhe perguntou qual brasão desejava colocar em seu escudo, respondeu: “a santa coroa de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Joana recebeu alguns pedidos de casamento, os quais recusou. Entre seus pretendentes estavam o delfim da França, Maximiliano da Áustria e o rei Carlos III da Inglaterra.
Aos 19 anos, Joana convenceu seu pai a deixá-la entrar para um convento. Após o retorno vitorioso de dom Afonso da conquista de Arzila e Tânger, no Marrocos, a princesa aproveitou a ocasião para convencer o pai a oferecer sua única filha a Deus como agradecimento. O rei então, consentiu que ela ingressasse no Mosteiro de Odivelas.
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Mas, Joana desejava uma disciplina mais austera. Entrou no Mosteiro de Jesus, em Aveiro e vestiu o hábito dominicano de noviça em 1972.
Por causa de sua saúde frágil e também por ser potencial herdeira do trono, Joana não pôde professar os votos definitivos. Permaneceu no mosteiro como dominicana secular, obedecendo a todas as regras com rigor e dedicando-se aos serviços mais humildes.
Joana morreu em 12 de maio de 1490, aos 38 anos. Foi sepultada no coro de baixo da capela do mosteiro de Jesus, onde suas relíquias estão guardadas.
Foi beatificada pelo papa Inocêncio XII e 1693. Mais tarde, em 1965, o papa são Paulo VI a proclamou padroeira da cidade e da diocese de Aveiro.