Antes da oração do Regina Caeli papa Francisco disse que “o Evangelho” deste domingo (28), sobre a Solenidade de Pentecostes “oferece-nos o remédio do Ressuscitado: o Espírito Santo”, que nos “liberta das prisões do medo”.

Finalizando o tempo pascal, Francisco relatou que o Evangelho de João 20,19-23 leva-nos ao cenáculo, onde os apóstolos, em uma “situação de medo e angústia” se refugiam após a morte de Jesus. Mas naquela “noite de Páscoa, o Ressuscitado apresenta-se” a eles e sopra-lhes o Espírito Santo.

“Assim, com o dom do Espírito, Jesus quer libertar os discípulos do medo, esse medo que os mantém fechados em casa, e liberta-os para que possam sair e tornar-se testemunhas e anunciadores do Evangelho”.

Papa Francisco ainda ressaltou que o medo dos discípulos, depois da morte de Jesus, não só os trancou em casa, mas destruiu seus sonhos e suas esperanças foram perdidas, “não só naquela sala, mas dentro, no coração”.

“Eu gostaria de enfatizar isso: trancado por dentro. Quantas vezes também nos trancamos dentro de nós mesmos? Quantas vezes, por alguma situação difícil, algum problema pessoal ou familiar, o sofrimento que nos marca ou o mal que respiramos ao nosso redor, corremos o risco de cair lentamente na perda da esperança e nos falta coragem para seguir em frente? Isso acontece muitas vezes. E então, como os apóstolos, fechamo-nos, barricando-nos no labirinto das preocupações”.

Para Francisco, esse “fechar-se” acontece quando, “nas situações mais difíceis, permitimos que o medo tome conta e toque a “grande voz” dentro de nós”. “Quando o medo entra, nos fechamos. A causa, portanto, é o medo: medo de não conseguir, de enfrentar sozinho as batalhas de cada dia, de correr riscos e depois de se decepcionar, de fazer escolhas erradas. Irmãos, irmãs, o medo bloqueia, o medo paralisa”.

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Ele também disse que o medo nos coloca em uma ilha e, é preciso pensar “no medo do outro”. “Se dermos espaço a esses falsos medos, as portas se fecham: as portas do coração, as portas da sociedade, e também as portas da Igreja! Onde há medo, há fechamento. E isso não é bom”. E destacou que “o remédio” para nossos medos é “o Espírito Santo”.

“Assim faz o Espírito: faz-nos sentir a proximidade de Deus e assim o seu amor afasta o medo, ilumina o caminho, consola, ampara na adversidade. Diante dos medos e dos fechamentos, então, invoquemos o Espírito Santo para nós, para a Igreja e para o mundo inteiro: para que um novo Pentecostes afaste os medos que nos assaltam e reacenda o fogo do amor de Deus”, pediu Francisco.

 

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