RIO DE JANEIRO, 16 de jul de 2004 às 12:27
Dom Odilo Pedro Sherer, Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse em um debate televisivo as razões do “não” da Igreja e a comunidade pró-vida à decisão do Presidente do Tribunal Federal de legalizar o aborto por anencefalia.
Durante um debate no programa “Diálogo Brasil,” de TV Nacional, o Prelado explicou que “apesar da má formação, trata-se de um ser humano”.
“Entendemos que o feto anencéfalo não tem condições de sobrevivência fora do útero materno, mas se trata de um ser vivo, e a vida deve ser respeitada em quanto vida e não por suas possibilidades de sobrevivência”, acrescentou.
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“A questão da vida e da morte –explicou o Prelado- deve ser deixada ao livre curso natural. Dizer que a vida começa depois do nascimento parece impossível no contexto científico em que estamos vivendo”.
Durante o debate sobre a decisão do Presidente do Superior Tribunal Federal de aprovar o aborto em casos de anencefalia –quando o bebê nasce sem cérebro- também participou o Presidente da União de Juristas Católicos, Paulo Leão, que seguindo o mesmo discurso que o Prelado indicou que “como em outros casos que envolve o aborto, há uma vida humana que deve ser respeitada, sem considerar a possibilidade da duração maior ou menor dessa vida”.
“A dignidade da pessoa humana prescinde da duração da vida”, concluiu.