A capela Nossa Senhora de Fátima, em Bacurau, na baixada campista do Rio de Janeiro, foi arrombada e furtada. O crime foi descoberto na noite de ontem (14) quando fiéis chegaram ao local para uma reunião na capela que pertence à paróquia São Gonçalo, em Campos dos Goytacazes (RJ). Este é o segundo furto em menos de um mês em igrejas da diocese.

“Infelizmente a nossa capela foi alvo deste crime. Levaram a aparelhagem de som, mas graças a Deus não profanaram o sacrário. Acredito que pensavam que o dinheiro ficasse na capela, mas não deixamos nenhum tipo de oferta nas Igrejas”, declarou o pároco, padre Fabiano Ferreira.

Depois que os paroquianos descobriram que a capela foi arrombada e o aparelho de som, o amplificador e os microfones foram furtados, eles fizeram um boletim de ocorrência.

Para o bispo de Campos, dom Roberto Francisco Ferreria Paz esses crimes às igrejas de sua diocese estão chegando a um ponto insustentável e precisa de uma resposta das autoridades competentes.

“Não é apenas uma capela que foi furtada, mas a liberdade de um povo de expressar devidamente a sua fé. Para muitos, um som e microfones”, disse o bispo. “Entretanto, o suor dos fiéis em adquirir equipamentos para o culto, facilitar a evangelização, tudo isso deve ser levado em conta. Sim, claro, temos que aumentar os meios de segurança? Sim, temos. Entretanto, o direito à liberdade de culto, da segurança do bem material também é um dever do Estado, como instituição que tem por obrigação oferecer segurança digna. Hoje, uma capela e depois? Precisamos dar um basta nessa situação”.

Segundo a diocese, nos últimos três anos, nove capelas na baixada campista já foram arrombadas. No dia 19 maio deste ano, a paróquia Menino Jesus de Praga e Imaculada Conceição, no distrito de Travessão, em Campos dos Goytacazes (RJ) também foi arrombada e furtada. Em março, outras quatro igrejas “foram depredadas, furtadas e até profanado o sacrário”, disse o bispo de Campos na época.

 

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