21 de jun de 2024 às 09:55
Hoje (21) é comemorado são Luís Gonzaga, padroeiro da juventude cristã, que antes de morrer escreveu uma carta a sua mãe para consolá-la e para que ela tivesse esperança.
Em 1591, uma violenta epidemia de febre atingiu a cidade de Roma. Luís, religioso da Companhia de Jesus, começou a servir aos doentes. Apesar de ter crescido entre a nobreza europeia e com um futuro promissor, decidiu pedir esmola pelos doentes e cuidar dos moribundos.
Um dia encontrou um homem doente na rua, colocou-o nos ombros e o levou ao hospital. Ele acabou se contagiando e no final ficou com uma febre intermitente que o deixou muito fraco.
Nessas circunstâncias, recebeu uma carta de sua mãe, a marquesa Marta Tana Santena, conhecida como "dona Norta". Ela quase morreu antes do nascimento de Luís e o consagrou a Nossa Senhora. Ela foi quem mais o apoiou na sua vocação.
Conta-se que um dia dona Norta viu os seus filhos rezando e disse: "Se Deus se dignar a escolher um de vocês para o seu serviço, 'como eu ficaria feliz!'". Luís se aproximou do ouvido dela e disse: "Eu serei aquele que Deus escolherá".
Ao receber a carta, o bom filho não hesitou em responder a sua mãe devota. No texto, ele se referiu a ela com muito respeito como “ilustríssima senhora”.
Depois de dizer que pede para que ela goze sempre da graça e do consolo do Espírito Santo, disse que havia chegado a hora de ele ir para o céu. Por isso recordou as palavras de são Paulo sobre a caridade, que consiste em “chorar com os que choram e a alegrar-se com os que estão alegres”.
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Ele pediu a ela que se alegre porque logo teria a verdadeira alegria com "a segurança de não poder perdê-La jamais".
“Por conseguinte, ilustríssima Senhora, considerai bem e ponde todo o cuidado em não ofender esta bondade de Deus, como certamente aconteceria se viésseis a chorar como morto aquele que vai viver na contemplação de Deus e que maiores serviços vos fará com as suas orações do que nesta terra vos prestava", escreveu ele.
Ele disse que "a nossa separação será breve" e que se encontrarão novamente no céu para louvar a Jesus Cristo, "lá seremos felizes e viveremos para sempre juntos sem fim".
Para consolá-la e enchê-la de esperança, disse que essas palavras surgiram do desejo que tinha de que ela e a família recebessem sua morte como "motivo de alegria". Luís disse que queria continuar contando com a bênção materna em seu caminho para a vida depois da morte.
“Eu vos escrevo com tanto maior prazer quanto é certo que não me resta outra ocasião para vos testemunhar o respeito e o amor filial que vos devo”, concluiu.
São Luís morreu em 21 de junho de 1591 aos 23 anos e seus restos mortais estão na Igreja de Santo Inácio em Roma.