18 de jul de 2024 às 00:15
Hoje (18), a Igreja recorda santo Arsênio, monge eremita que viveu entre os séculos IV e V, famoso por sua sabedoria e virtude. Muitas pessoas iam ao seu encontro em busca de conselhos espirituais. Alguns viajavam semanas ou até meses para encontrar conforto ou alguma luz em suas palavras.
Santo Arsênio é um dos Padres do Deserto.
"Eu te seguirei onde quer que vás" (Lc 9, 57)
Acredita-se que Arsênio tenha nascido em Roma por volta do ano 350. Possivelmente pertencia a uma família nobre e foi educado com cuidado e pureza. No ano de 383, o imperador Teodósio I, o Grande, ordenou que ele fosse tutor de seus filhos, seguindo o conselho do papa são Dâmaso I. Por pouco mais de dez anos, o santo viveu no palácio do imperador como tutor dos jovens Arcádio e Honório, filhos do imperador.
Aos 40 anos, após uma profunda crise espiritual, Arsênio compreendeu que Deus lhe pedia uma mudança total em sua vida: “Afaste-se do trato com as pessoas e vá para a solidão”. Assim, deixou Constantinopla, onde estava naquele momento, e embarcou secretamente em direção a Alexandria, até chegar ao deserto de Scete.
Colocado em prova
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Arsênio se apresentou no mosteiro do local por volta do ano 400. O abade, ciente de sua nobreza e refinamento, submeteu-o a um regime muito exigente com o objetivo de testar sua vocação. Ele jogou sua comida no chão e disse a ele "coma". Arsênio agradeceu ao abade e ajoelhou-se para recolher a comida. Todos ficaram impressionados com seu bom temperamento e humildade.
Arsênio, nesse sentido, mostrava-se apto para uma vida de mortificação e sacrifício. Ele foi admitido na vida monástica.
Morto para as coisas do mundo
Santo Arsênio ficaria conhecido por seu espírito penitente e alma obediente. Era comum ele passar a noite em oração, mortificando-se com jejuns e trabalhos braçais. Ele escrevia e repetia "frases", breves frases de caráter instrutivo, que eram de grande ajuda para seus irmãos ou para quem o ouvia falar.
Em certa ocasião, disseram-lhe que um senador romano havia lhe deixado uma grande fortuna. O santo renunciou a ela para dar aos pobres. Referindo-se ao doador, ele exclamou: "Antes que ele morra em seu corpo, eu morri em minhas ambições e ganância. Não quero riquezas mundanas que me impeçam de adquirir as riquezas do céu".
São Arsênio morreu em Troe, Egito, no ano 445.