VALÊNCIA, 23 de jan de 2006 às 19:13
O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, afirmou que "não se pode governar nem construir uma sociedade como se Deus não existisse", porque isso "só conduz à injustiça, à desintegração da vida pessoal e social".O Prelado fez estas declarações neste domingo na Catedral valenciana durante a Missa com motivo da festa de São Vicente Mártir, padroeiro da arquidiocese. Na celebração estiveram presentes a prefeita de Valência, Rita Barberá, junto com vários vereadores, autoridades militares locais e centenas de fiéis.
"Todas as decadências morais e a gravidade de problemas de nosso tempo como o terrorismo, a violência contra as mulheres e as crianças, a desintegração da família e dos vínculos familiares, são conseqüências de alguns que se empenham em construir a vida e o mundo de costas a Deus, contra Deus mesmo", assegurou o Arcebispo.
Frente a isso, o Prelado pediu que se deixe de "fomentar sentimentos de hostilidade e confronto contra o Evangelho de Cristo", e lamentou a atitude de quem "põe em nossos lábios o que nem sequer pensamos, colocam em nossas intenções o que jamais pretendemos, acusam-nos injustamente por ações que rechaçamos".
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Dom García-Gasco disse a esse respeito que "a paixão de São Vicente nos ensina que os poderes deste mundo não são absolutos, que não podem pretender o posto que corresponde a Deus e que é preciso obedecer a Deus antes que aos homens".
"Não pretendemos impor nada a ninguém, não desejamos privilégios, nossa missão é o anúncio do Evangelho, o serviço que se concretiza na garantia da liberdade e da paz, liberdade de ensino, liberdade religiosa, liberdade de consciência, liberdade pública e privada para fomentar, defender e promover valores fundamentais da convivência social", disse o Arcebispo.
Finalmente, o Arcebispo exortou a "não ceder às tentações e os poderes deste mundo" e a "não cair na escravidão de um relativismo que só conduz ao vazio e à indiferença".