O comitê judicial da Câmara dos EUA disse ontem (9) ter descoberto evidências de “vários” escritórios de campo do Federal Bureau of Investigations (FBI), a polícia federal dos EUA, coordenados na investigação sobre católicos tradicionalistas no início do ano.

 

Um relatório vazado do escritório do FBI em Richmond, Virgínia, em fevereiro, sugeriu investigar “tradicionalistas radicais” católicos que o FBI alegou poderem fazer parte de um “movimento nacionalista branco de extrema-direita”.

 

O relatório gerou resposta de bispos dos EUA, promotores e congressistas. Senadores e deputados dos EUA questionaram o promotor-geral Merrick Garland e o diretor do FBI Chris Wray sobre a controvérsia.

 

O comitê judiciário da câmara, controlado pelos republicanos, conduziu uma investigação sobre as ações do FBI em Richmond. O presidente do comitê, deputado Jim Jordan, republicano de Ohio, ameaçou acusar Wray de violar a lei caso ele não apresente cópias não editadas de materiais intimados relacionados ao inquérito.

 

Ontem (9) em um comunicado à imprensa, o comitê judiciário revelou que “informações recentemente entregues ao comitê” mostraram que o FBI “baseou-se em informações obtidas ao redor do país… para desenvolver sua avaliação” de que alguns tradicionalistas católicos poderiam ser terroristas domésticos em potencial.

 

A informação em questão, segundo o comunicado à imprensa, veio de oficiais do FBI de Portland, Oregon, e da agência em Los Angeles.

 

Jordan disse ontem (9) em uma carta a Wray que a nova informação indica que a investigação do FBI a católicos foi “mais abrangente do que se suspeitava inicialmente”. Os novos detalhes também revelaram que Jordan alegou haver “inconsistências” no testemunho anterior de Wray perante o Congresso.

 

Wray já havia dito que o memorando católico era “um único produto de um único escritório de campo”.

Jordan emitiu uma nova rodada de intimações relacionadas à investigação na carta, incluindo comunicações entre os escritórios de campo de Richmond, Portland e Los Angeles, bem como quaisquer “produtos de inteligência” relacionados a essas colaborações.

Jordan deu a Wray até 23 de agosto para responder às demandas.

O FBI entregou uma nova rodada de documentos intimados ao comitê no fim de julho.

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