SAN FRANCISCO, 24 de jan de 2006 às 13:44
Quinze mil pessoas, mais do dobro de participantes do ano passado, lotaram as ruas de San Francisco durante a marcha pela vida no domingo, em que caminharam detrás de uma grande faixa em que se podia ler “o aborto fere às mulheres”.
“Estamos marcando um tempo”, indicou uma das organizadoras da marcha, Dolores Meehan, “não é só um evento, é um movimento”, acrescentou.
O percurso de quase quatro quilômetros é uma maneira de solidarizar-se com as mulheres que alguma vez abortaram ou que necessitam ajuda na gravidez, e para o evento se adotou o lema das Feminists for Life of America (FFL), “A mulheres merecem algo melhor que o aborto”.
Os oradores deste evento foram a presidenta do FFL, Serrin M. Foster, o ministro negro Clenard Childress, a colunista Star Parker, o representante da comunidade latina, Alfredo Abarca; e Carol Crossed dos Democrats for Life.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Parker, uma mãe que se submeteu a quatro abortos, assinalou que "a mudança está chegando" e acrescentou que “hoje nos opomos ao aborto e afirmamos que embora possa ser legal, não está certo que entremos no ventre materno, que procuremos nele e que destruamos a vida que há nele. Isto não pode durar para sempre!”
Foster lhe disse à multidão, conformada em grande parte por universitárias e garotas escolares, que a metade dos abortos que se realizam no país o sofrem as mulheres dessa idade. “Sentimos muita dor por uma geração que sabe que um terço de seus congêneres já não estão conosco”.
De outro lado, Childress, fundador do BlackGenocide.org, afirmou que a participação das pessoas presentes "constitui um chamado para tomar consciência em contra do aborto e a favor da vida. Por isso levanto minha voz, por isso vieram vocês, para que possamos deter esta massacre de inocentes, e pôr fim à guerra contra o nascituro”.
No ano passado a marcha resistiu as agressões de cerca de mil abortistas que cuspiam, lançavam ovos e preservativos aos participantes. Nesta oportunidade, só foram umas centenas os que se colocaram nas ruas para incomodar; ação que os pro-vida ignoraram.