Por Natalia Zimbrão
15 de set de 2023 às 14:46
O papa Francisco concedeu indulgência plenária por ocasião do ano vicentino celebrado de hoje (15) até 16 de setembro de 2024, no patriarcado de Lisboa, Portugal. O ano jubilar recorda os 850 anos da chegada das relíquias do diácono e mártir são Vicente de Saragoça à capital portuguesa.
São Vicente de Saragoça é padroeiro de Lisboa e também foi um dos patronos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023. Ele nasceu em Huesca, Espanha, no século III, em uma família cristã e relevante do Império Romano. Segundo o site da JMJ, “sob orientação de Valério, bispo da cidade de Saragoça, foi admitido como diácono para o serviço da sua diocese. No início do século IV, por volta do ano 303, no contexto de uma nova perseguição aos cristãos, Vicente foi preso. Após tortura, acabou por morrer na prisão”.
As relíquias de são Vicente chegaram a Lisboa em 15 de setembro de 1173. Elas teriam sido levadas por um barco que foi acompanhado por corvos durante o trajeto. Por isso, até hoje o brasão do município de Lisboa tem as insígnias de são Vicente, o barco e os corvos.
Ao chegarem à capital portuguesa, as relíquias “ficaram depositadas na igreja de Santa Justa” e “no dia seguinte, foram transladadas para a capela-mor da Sé”, diz o patriarcado.
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Segundo decreto da Penitenciaria Apostólica, o papa Francisco concedeu “a Indulgência Plenária sob as habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice)” aos fiéis que, “verdadeiramente penitentes e movidos pela caridade” visitarem a catedral de Lisboa “num quadro de peregrinação e aí participarem devotamente nos ritos jubilares ou, ao menos, perante as relíquias do mártir Vicente durante um espaço de tempo razoável dedicarem-se a piedosas reflexões que devem ser concluídas com a oração dominical, o símbolo da fé e as invocações da Virgem Santa Maria e do mártir são Vicente”.
Os fiéis podem aplicar a indulgência “a modo de sufrágio pelas almas dos fiéis retidas no purgatório”.
“Os idosos, os enfermos e todos os que não podem sair de casa por grave motivo poderão obter igualmente a Indulgência Plenária depois de assumida a detestação de qualquer pecado e a intenção de cumprir, logo que tenha sido permitido, as três habituais condições, se diante de alguma imagem jubilar se tenham unido espiritualmente às celebrações jubilares, uma vez oferecidas ao Deus misericordioso as suas preces e dores ou os incómodos da própria vida”, diz o decreto.
