20 de set de 2023 às 11:29
No dia 8 de julho de 2013, o papa Francisco fez a primeira viagem oficial do seu pontificado. Foi para a ilha italiana de Lampedusa, onde lançou flores cor-de-rosa no Mar Mediterrâneo, que segundo ele, se tornou um dos maiores cemitérios do mundo devido ao grande número de refugiados que morrem.
Milhares de imigrantes que vão da África chegam à ilha todos os anos. Muitos morrem em naufrágios de barcos em condições precárias.
No Marrocos, em 2019, Francisco pediu uma resposta generosa, preparada, sábia e perspicaz aos desafios colocados pela migração no mundo de hoje. Em Istambul, na Turquia, ele esperava que o apoio da comunidade internacional aos refugiados não diminuísse. No Congresso dos EUA, falou da necessidade de olhar para o rosto dos migrantes, ouvir as suas histórias e tentar fazer todos os esforços para ajudá-los.
Em 2016 viajou para a ilha grega de Lesbos, onde disse aos 3 mil refugiados que eles não rstevam esquecidos e pediu-lhes que não perdessem a esperança. Na viagem de volta, levou consigo 12 sírios deslocados para Itália, como demonstração de solidariedade e acolhida. Nas suas muitas viagens apostólicas visitou os refugiados e ouviu os seus testemunhos.
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Os migrantes continuam a afluir para o Mediterrâneo e o número de mortes não diminuiu. Por isso, a pedido do presidente da Conferência Episcopal Italiana, cardeal Gualtiero Bassetti, foi lançada uma iniciativa para que os bispos das cidades mediterrânicas se reunissem em Bari, Itália, em 2020. O título do encontro foi “O Mediterrâneo, fronteiras de paz: um encontro de pensamento e espiritualidade”.
Os bispos reuniram-se em fevereiro desse ano e o papa participou no encontro, manifestando a sua preocupação pelos que fogem da guerra, “uma loucura à qual não podemos nos render”.
O encontro foi renovado em Florença em fevereiro de 2022, reunindo os bispos dos países ribeirinhos do Mediterrâneo, os prefeitos e governadores desses países. Naquela ocasião, o papa não pôde participar por causa de dores no joelho.
Pela terceira vez, os bispos dos países com costa mediterrânica reúnem-se este mês em Marselha, França, sob o título “Encontros do Mediterrâneo”. O papa, de 86 anos, fará uma viagem apostólica à França nos dias 22 e 23 de setembro para participar da sessão final do evento.