O padre nigeriano Marcellinus Obioma Okide foi sequestrado no domingo (17) quando viajava para sua paróquia, Santa Maria Amofia-Agu Affa, no estado de Enugu, sudeste da Nigéria.

A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) informou que o sequestro ocorreu às 17h (hora local), na estrada Eke-Egede-Affa.

A diocese de Enugu, à qual pertence o padre Okide, emitiu um comunicado ontem (19) pedindo orações pela rápida libertação do sacerdote.

A diocese pede as suas orações também pela “mudança de atitude por parte dos sequestradores”, diz o comunicado, assinado pelo chanceler diocesano, padre Wilfred Chidi Agubuchie. “Que o Senhor, que veio libertar os cativos (Lucas 4,18), liberte o nosso irmão das mãos dos nossos inimigos e salve o nosso país, a Nigéria”.

A ACN apelou “às forças policiais para que intensifiquem os seus esforços para devolver o padre Okide à sua comunidade e levar os responsáveis ​​à justiça o mais rápido possível”. “E para proteger as comunidades cristãs de atos criminosos cada vez mais violentos”.

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A Nigéria está enfrentando uma onda de violência por gangues armadas que sequestram clérigos em troca de resgate e às vezes matam seus sequestrados.

Desde 2009, quando surgiu o grupo radical muçulmano Boko Haram com o objetivo de transformar o país em um Estado islâmico, a Nigéria vive um estado de insegurança.

A situação de insegurança se complicou ainda mais pelo envolvimento de pastores da etnia fulani, predominantemente muçulmanos, cujas milícias atacam com frequência os agricultores cristãos.

O sequestro do padre Okide é o mais recente de uma série de sequestros de membros do clero no país mais populoso da África. No dia 2 de agosto, um padre e um seminarista foram sequestrados na diocese de Minna. Ambos foram libertados em 23 de agosto, depois de três semanas em cativeiro.