Marselha, 22 de set de 2023 às 11:31
Depois de pouco mais de uma hora e meia de voo, o papa Francisco chegou ao aeroporto internacional de Marselha às 16h15 (hora local) de hoje (22), para participar da terceira edição dos Encontros do Mediterrâneo.
Durante o voo, um jornalista perguntou ao papa se esse encontro será tão relevante como o que fez à ilha italiana de Lampedusa e Francisco respondeu: “Acho que sim. Espero ter a coragem de expressar tudo o que quero dizer”, disse ele, segundo informa Elías Turk, editor de ACI Mena, a bordo do avião papal.
Enquanto o papa descia do avião usando um elevador, a primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, as unidades militares de honra e o restante dos participantes aguardavam pacientemente sua chegada para a cerimônia de acolhida.
Quatro crianças vestidas com trajes tradicionais ofereceram ramos de flores, figuras religiosas e um álbum com imagens em sinal de boas-vindas ao papa, que lhes dedicou alguns momentos de atenção e lhes entregou alguns terços de lembrança.
Francisco, que andava numa cadeira de rodas, ficou de pé enquanto durante a execução do hino do Vaticano, as homenagens à bandeira do país anfitrião e, a execução de La Marseillaise, o hino nacional francês.
O vento no aeródromo obrigou o papa a segurar o solidéu por algum tempo, enquanto as saudações protocolares continuavam na pista, perto do avião.
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Enquanto iam ao pavilhão cerimonial do aeródromo para uma pequena reunião privada, o papa mostrou o seu cavalheirismo ao convidar a primeira-ministra Borne a passar à sua frente numa rampa.
A ausência do presidente da República Emmanuel Macron à chegada do papa deve-se à coincidência com a viagem de Estado que o Rei Carlos III de Inglaterra está fazendo ao país.
A visita de Francisco a Marselha é a 44ª viagem internacional do seu pontificado, que durará só 30 horas, e a segunda vez que pisa o solo francês, depois da sua presença na cidade de Estrasburgo para falar no Parlamento Europeu em 2014.
Após o breve encontro com a primeira-ministra Borne, o papa subiu no pequeno carro branco que usa nas suas viagens e, acompanhado por uma escolta honorária, foi para a basílica de Nossa Senhora da Guarda, onde teve um momento de recolhimento e oração com o clero diocesano.
Em seguida, ele irá ao monumento em memória dos heróis e vítimas do mar, que fica a cerca de 200 metros do templo. Perto daquele local, o papa terá um encontro com diversos responsáveis pela pastoral do mar e pelo acolhimento dos imigrantes.
Depois de passar a noite na sede da arquidiocese de Marselha, ele deverá encontrar-se com pessoas que vivem em condições econômicas difíceis na manhã de sábado, antes de ir à sessão final dos Encontros do Mediterrâneo.
O papa Francisco terá então a oportunidade de conversar alguns momentos com o presidente Macron, que também participará da missa no Estádio Velodrome.