Hoje (28) faz 48 anos da morte do beato João Paulo I, cujo pontificado durou apenas 33 dias. Horas antes de morrer, ele fez uma oração profunda e emocionante que aprendeu com sua mãe.

Era quarta-feira, 27 de setembro de 1978, e o então João Paulo I, o papa sorridente, continuava o seu ciclo de catequese sobre as virtudes teologais. Nas semanas anteriores refletiu sobre fé e esperança. Naquele dia foi a vez da caridade.

Excepcionalmente, o papa começou o seu discurso fazendo uma oração, que segundo ele, era muito conhecida e “com expressões bíblicas embutidas”. Ele disse que sua mãe lhe havia ensinado e que ele a rezava várias vezes ao dia.

“Meu Deus, com todo o coração e acima de todas as coisas Vos amo, bem infinito e nossa eterna felicidade, e por vosso amor amo o meu próximo como a mim mesmo e perdôo as ofensas recebidas. Ó Senhor, ame-vos eu cada vez mais”, disse João Paulo I.

Ele explicou o que significavam estas palavras, falou da importância da caridade, que é a virtude do amor. “Amar significa viajar, correr com o coração para o objeto amado.… Amar a Deus é portanto um viajar com o coração para Deus. Viagem belíssima, embora comporte por vezes sacrifícios”, disse ele.

No dia seguinte, 28 de setembro, João Paulo I morreu de infarto. Ele foi beatificado pelo papa Francisco em 4 de setembro de 2022.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Quem foi a mãe de João Paulo I?

Seu nome era Bortola Tancon (1879-1948), que a Enciclopédia Católica define como uma “mulher muito piedosa, com firmes princípios católicos”. Casou-se com Giovanni Luciani (1872-1952) e teve com ele quatro filhos, sendo o primeiro Albino Luciani, beato João Paulo I.

Segundo a fundação vaticana João Paulo I, ela deu-lhe “os primeiros ensinamentos da doutrina cristã” antes de receber o sacramento da crisma.

A casa onde dona Bortola Tancon deu à luz o futuro papa, em Canale d'Agordo, Itália, está preservada até hoje. Atualmente é propriedade da diocese de Vittorio Veneto e pode ser visitada por fiéis e turistas.

O beato João Paulo I morreu cerca de 30 anos após a morte de sua mãe.