15 de out de 2023 às 11:25
Papa Francisco dirigiu-se aos fiéis na praça São Pedro para a recitação do Angelus de hoje (15) e os convidou a “não ficarem surdos” aos convites de Deus, “a partilhar a sua alegria”, como o rei na parábola do Evangelho proclamada neste dia.
Em seu discurso, Francisco explica que Deus prepara um banquete “para estarmos em comunhão com ele e uns com os outros”, ao qual todos somos convidados, “mesmo que essa forma de agir o exponha à possível rejeição".
“Este é o tipo de relação que o Pai nos oferece: chama-nos a estar com Ele, deixando-nos a possibilidade de aceitar ou não o convite. Não nos oferece uma relação de submissão, mas de paternidade e filiação, que é condicionada naturalmente por nosso livre consentimento", acrescentou.
Esta necessidade de um "sim" por parte dos convidados é uma resposta que Deus, "sendo amor, respeita ao máximo a nossa liberdade", enfatizou o Pontífice, que continuou afirmando que "Deus propõe, nunca se impõe".
A recusa do convite de Deus aos homens ocorre "porque eles estão cuidando de seus próprios negócios". Entretanto, Deus "não desiste, Ele continua a convidar, ou melhor, estende o convite, até encontrar alguém que o aceite, entre os pobres".
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Com isso, o papa interpelou: "Quantas vezes não atendemos ao convite de Deus porque estamos ocupados pensando em nossas próprias coisas! Muitas vezes lutamos para ter nosso tempo livre, mas hoje Jesus nos convida a encontrar o tempo que nos liberta".
Este tempo dedicado a Deus "nos salva do mal, da solidão e da perda de sentido. Vale a pena, porque é bom estar com o Senhor, abrir espaço para ele", acrescentou, e isso se encontra "na missa, na escuta da Palavra, na oração e também na caridade".
"Muitos, porém", lamentou o papa, "pensam que essas coisas são uma 'perda de tempo', e por isso se fecham em seu mundo particular; e isso é triste e gera tristeza. Como é triste isso, fechar-se em si mesmo!". Diante disso, Francisco convidou a todos a se questionarem sobre a resposta que dão aos convites de Deus.
"Que Maria, que com um "sim" abriu espaço para Deus, nos ajude a não sermos surdos aos seus convites", concluiu.